quarta-feira, 27 de março de 2013

Mostra Filme em Minas na Casa de Leitura Lya Botelho

     A Mostra "FILME EM MINAS", parte do dinâmico e plural programa MINAS TERRITÓRIO DA CULTURA / ZONA DA MATA elaborado pela Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais e visando a descentralização e regionalização das políticas culturais no estado, chega a Leopoldina-MG entre os dias 5 e 7 de abril, com exibições na Casa de Leitura Lya Botelho, numa parceria com a Secretaria de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer de Leopoldina.

     O programa, distribuído em 3 dias, traz à apreciação do público uma amostragem do panorama das produções já realizadas em Minas Gerais, valorizando nossa geografia e patrimônio,  incentivando a economia criativa das regiões escolhidas como locação com a  formação de um contingente de profissionais habilitados a esse tipo de prestação de serviço.

     Tendo nomes de peso no cenário cinematográfico nacional como Marcos Pimentel, Elza Cataldo, Aleques Eiterer, Feliciano Coelho, Eduardo Moreira, Cristiane Zago, Rodolfo Magalhães, André Hallak e Selton Melo, a Mostra abrangerá filmes documentais e ficcionais, em curta, média e longa metragem.

     Todas as sessões começam às 19:30h e a entrada é franca.
     Devido ao horário, a censura é 14 anos.


segunda-feira, 25 de março de 2013

Diálogos com as Linguagens Artísticas: exercícios de pesquisa e criatividade na Casa de Leitura Lya Botelho



     O diálogo cinema, teatro e dança que pauta o trabalho da Cia Ormeo, companhia de dança da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, patrocinados pela ENERGISA, vive um constante processo de exercício e atualização dos seus componentes.




     Sob a competente direção da coreógrafa e bailarina Daniela Guimarães, doutoranda em Dança, o grupo frequenta semanalmente a Casa De Leitura Lya Botelho, em Leopoldina, onde desenvolvem trabalhos de pesquisa, análise fílmica, discussão de conceitos de estética e estrutura narrativa utilizando, para tanto, filmes clássicos e contemporâneos, sempre em busca de um enriquecimento do próprio olhar.

     Hoje, segunda-feira, 25 de março, a grupo dedicou-se a transferir, graficamente, as impressões e emoções coletadas ao assistir "Blancanieves", filme espanhol ganhador de 10  Goya, cobiçado prêmio do mais importante festival cinematográfico espanhol, em 2012. Dirigido por Pablo Berger, o filme narra, em preto e branco e sem diálogos, uma versão clássica do conto infantil "Branca de Neve e os 7 Anões".
 

     Trabalho extremamente autoral, o filme mescla os arquétipos da conhecida história, com o cenário, as músicas, os símbolos e o drama que constituem grande parte do imaginário espanhol.


     Os trabalhos foram realizados em técnica de colagem mista (papel e objetos diversos), com a liberdade de serem feitos em grupo e/ou individualmente.


     Exercícios como esse provocam uma maior interação com o tema do filme, bem como desenvolvem as possibilidades de novas leituras e diálogos com a obra de arte.


     Além de insistir na utilização do cinema como meio de transmissão de valores e provocar reflexões, a Casa de Leitura Lya Botelho vem desenvolvendo um trabalho de formação de platéia, através de exibições semanais de filmes e mesas de debates, visando, exatamente, o melhor conhecimento das múltiplas possibilidades que a Arte oferece como forma de expressão e de construção do indivíduo.

segunda-feira, 11 de março de 2013

O Meu Pé de Laranja Lima: escrita & movimento


     A Casa de Leitura Lya Botelho tem a satisfação de abrir, nesta segunda-feira, 11 de março, o acesso a um espaço temático em homenagem ao escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos, cuja obra, de caráter regionalista, sempre encontrou repercussão no imaginário das pessoas.

    Nascido em Bangu, bairro da cidade do Rio de Janeiro, é um dos escritores brasileiros mais lidos no exterior, sendo muito respeitado em todo o mundo. Filho de família muito pobre, ainda menino mudou-se para casa de uns tios, em Natal, no Rio Grande do Norte, onde foi criado. Aos 9 anos aprendeu a nadar nas águas do Potengi, quando alimentava seus sonhos de ser campeão de natação. Depois de cursar Medicina por dois anos, voltou ao Rio, num velho cargueiro (1941) onde trabalhou como técnico de boxe, modelo para escultores, carregador de frutas, entre outros serviços. 
    
 Com uma vida nada fácil, foi para São Paulo onde começou como garçom de boate e passou por outros empregos até que ganhou uma bolsa de estudos na Espanha, período em que viajou por vários países da Europa. De volta ao Brasil trabalhou junto aos irmãos Villas-Boas, principalmente explorando a inóspita região do Araguaia. Desta aventura resultou seu primeiro livro de estréia, "Banana Brava" (1942) sobre o mundo dos homens dos garimpos. Depois veio "Barro Blanco" (1945) sobre as salinas de Macau, no Rio Grande do Norte, seu primeiro grande sucesso de crítica. "Longe da Terra" (1949), "Vazante" (1951), "Arara Vermelha" (1953) e "Arraia de Fogo" (1955) o sucederam. Porém só com "Rosinha, Minha Canoa" (1962), atingiu o primeiro sucesso literário e ganhou fama como escritor, sendo este livro utilizado em curso de Português na Sorbonne, em Paris. "Doidão" (1963), sobre sua adolescência em Natal, "O Garanhão das Praias" (1964), "Coração de Vidro" (1964) e "As Confissões de Frei Abóbora" (1966), antecederam seu maior sucesso popular, "O Meu Pé de Laranja Lima" (1968), que foi adaptado pela antiga TV Tupi e pela TV Bandeirantes como novelas televisivas e também levado ao cinema (1970). 


     Foi também artista plástico, ator de teatro e televisão e morreu em São Paulo, aos 93 anos. Viveu, pois, nos mais diferentes recantos do seus país e exerceu uma imensa variedade de profissões. Assim, conheceu muitas culturas e diversos tipos de pessoas e desenvolveu um estilo simples e emotivo, cujos livros transportam os leitores a um mundo de ternura e de alta sensibilidade. A crítica francesa Claire Baudewyns afirma que há em suas obras algo "que confere às obras de José Mauro de Vasconcelos uma poesia particular, nascida da alquimia entre o mundo real e o mundo imaginário"
     Em sua vasta obra, iniciada aos 22 anos de idade e lida em alemão, inglês, espanhol, francês, italiano, japonês e holandês, entre outras línguas, ainda se destacaram "Rua Descalça" (1969), "O Palácio Japonês" (1969), "Farinha Órfã" (1970), "Chuva Crioula" (1972), "O Veleiro de Cristal" (1973) e "Vamos Aquecer o Sol" (1974) e vários de seus livros ganharam versões cinematográficas. 
Vale observar que sua autobiografia foi escrita de forma um tanto incomum, em uma seqüência de quatro livros, de forma romanceada: "O meu pé de laranja lima", sua infância em Bangu, "Vamos aquecer o sol", sua mudança para Natal, "O doidão", a adolescência, e "Confissões do Frei Abóbora", sua vida adulta.


     Nos últimos 9 anos a produtora Kátia Machado trabalhou incansavelmente para levar à grande tela do cinema, uma nova versão do "O meu pé de laranja lima", por acreditar que essa história ser contada e reapresentada a toda uma nova geração, até chegar, com o co-roteirista e diretor Marcos Bernstein, a uma versão final do roteiro, que traduzisse o espírito do livro, trazendo-o para um novo tempo e espaço.

     Neste final de semana aconteceu em no Centro Cultural Humberto Mauro, em Cataguases-MG, a pré-estréia do "MEU PÉ DE LARANJA LIMA", da produtora Pássaro Films, com o suporte do Polo Audiovisual da Zona da Mata. Dia 19 de abril o filme estréia no circuito comercial, ocupando as muitas salas de cinema do nosso país. 
     A Casa de Leitura Lya Botelho aproveita-se desse lançamento para promover uma série de ações que 
incentivem a leitura. E quando escrevo "leitura" quero que o conceito se estenda à todas as formas de leitura  dos caracteres, das palavras, dos signos, das imagens, do mundo ao redor, enfim.
     Tão importante quanto ler o livro  "O meu pé de laranja lima" é estabelecer um paralelo com a sua versão cinematográfica, enfatizando temas como o que é um roteiro adaptado, a criação de novos diálogos apropriados ao ritmo cinematográfico e, em especial, o processo de transmissão de idéias e valores através da imagem.


     O livro nos possibilita a criar o nosso próprio "filme", a darmos forma e rosto aos personagens, sons às suas vozes, a imaginarmos a paisagem e os acontecimentos. O livro estimula a imaginação. O filme, por sua vez, nos apresenta todo um universo pronto para consumo, construído pela sensibilidade do roteirista, do diretor, e dos demais artistas e técnicos encarregados a darem vida às páginas da obra original, adaptando-a a um outro suporte que não o do papel. O filme nos incentiva a refletir a respeito do que vimos. Ambos são experiências únicas e tem qualidades e recursos próprios. Ambos podem e devem ser vistos como um diálogo entre criadores, artistas comprometidos a contarem, cada um dentro da sua especialidade, a mesma história, sem o compromisso da fidelidade absoluta, pois a Arte é uma manifestação de talentos individuais.
     Esse espaço dedicado ao livro e ao filme "MEU PÉ DE LARANJA LIMA" ficará aberto até 29 de junho, esperando alunos, professores e demais visitantes para conhecerem de perto um pouco mais desse grande escritor brasileiro, que cujos livros tem neles gravados as cores, os cheiros, as paisagens, os personagens e as vozes deste imenso Brasil.

Apoio Cultural: Fundação Ormeo Junqueira Botelho  /  Pássaro Films
Patrocínio: ENERGISA 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Livros & Filmes, a proposta para Março da Videoteca da Casa de Leitura Lya Botelho


Sempre buscando proporcionar uma melhor associação entre cultura e entrenimento, a programação da Videoteca da Casa de Leitura Lya Botelho apresenta uma seleção bastante especial de filmes para este mes.
Em março a literatura vai dominar as noites de quinta-feira em suas adaptações para o cinema.

Começamos, no dia 7, com um dos mais recentes filmes lançados no país: "HITCHCOCK", baseado no livro "Alfred Hitchcock and the Making of Psycho", do escritor Stephen Rebello. O filme, dirigido por Sacha Gervasi e interpretado por Anthony Hopkins e Helen Mirren narra as tribulações do famoso diretor, e sua inteligente e talentosa esposa, para transformar um livro sobre um serial killer no seu famoso "Psicose".

No dia 14 de março a tela da Videoteca da Casa de Leitura Lya Botelho é o suporte para conferirmos a transposição de um dos mais famosos clássico da literatura mundial para o cinema. Keira Knightly dá vida a uma das mais importantes personagens da literatura: "ANNA KARENINA", nascida do talento do russo Leon Tolstoi. Uma história de amor, paixão, traição e punição, desta feita contada com um mis-en-scéne de uma arrebatadora beleza.

Quinta-feira, dia 21, é hora de conferir a fábula escrita por Rudyard Kipling e magistralmente transposta à tela pelo gênio do diretor John Huston, aliado, naturalmente, ao talento de atores como Sean Connery e Michael Caine. "O HOMEM QUE QUERIA SER REI" narra a história de 2 aventureiros ingleses que acabam por se aventurar por terras onde nenhum homem branco havia estado desde Alexandre, o Grande e são, portanto, confundidos com seres divinos.

Sheakspear dificilmente poderia faltar numa seleção de obras literárias adaptadas para o cinema. Elizabeth Taylor empresta sua beleza e talento para viver Catarina em "A MEGERA DOMADA", ao lado de Richard Burton, sob a direção do preciosista Franco Zefirelli. Um clássico da literatura que encontrou na grande tela uma nova oportunidade de provar o talento do seu autor.

As sessões, sempre com entrada franca, acontecem todas as quintas-feira, às 19:30h e a censura é 14 anos,

A Casa de Leitura Lya Botelho localiza-se à R. José Peres, 4, no centro de Leopoldina-MG

Apoio Cultural: Fundação Ormeo Junqueira Botelho

Patrocínio: ENERGISA