domingo, 20 de maio de 2012

Mostra de vídeos, aos domingos, na Casa de Leitura Lya Botelho

    

A partir deste domingo, 20 de maio, a Casa de Leitura Lya Botelho, de Leopoldina-MG, começa uma nova mostra de filmes. Será todos os domingos, às 16:00h, e a exibição priviligiará os curtas-mertragens, especialmente aqueles que foram inscritos nas 5 últimas edições do FESTIVAL CINEPORT- Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa.

     Importante lembrar que a primeira edição desse festival ocorreu em Cataguases-MG, berço do cinema nacional, terra de Humberto Mauro, inteiramente produzida pela Fundação Ormeo Junqueira Botelho e patrocinada pela ENERGISA.Nos últimos anos o Festival aconteceu tanto em Portugal, como na ensolarada João Pessoa-PB

     O âmbito de um Festival como esse é também, o de revelar talentos mas, sobretudo, proporcionar o conhecimento e o intercâmbio dos trabalhos realizados por cineastas que, em comum, tem o idioma portugues. Artistas que compartilham a mesma língua, porém com vivências diferentes, além de estilos marcantemente próprios, encontram-se para discutir e trocar experiências, em torno das tendas que abrigam a exibição das suas obras.



     Mas essas sessões dominicais, que sempre exibirão 2 filmes que tenham sido inscritos para concorrerem aos prêmios Andorinha de cada categoria, também estarão abertas à exibição de curtas produzidos por cineastas de Leopoldina e da região. A Casa de Leitura Lya Botelho abre, uma vez mais, suas portas para que as manifestações culturais da comunidade encontrem um espaço de exibição e estabeleçam um diálogo entre seus criadores e o público.

     Sabemos quão difícil para os jovens que se iniciam no consumidor trabalho que é a realização de um filme, ter um local onde possam mostrar suas obras e discuti-las com aqueles que serão os grandes julgadores e consumidores do seu trabalho: a platéia.

     Portanto, a partir de hoje a Casa de Leitura Lya Botelho estará aceitando inscrição para a exibição (não é uma mostra competitiva) de trabalhos gravados em DVD, com no máximo 15 minutos, dos gêneros animação, documental e ficção. Basta enviar uma cópia do mesmo, com todos os dados do realizador, além de uma Autorização de Exibição para o endereço abaixo.

     Esperamos que a população da nossa cidade agende algumas horas das tardes de domingo para apreciar um novo cinema, jovem, vigoroso, instigante, provocador, vindo até a Casa de Leitura Lya Botelho prestigiar a exibição e poder, com isso, desenvolver um olhar mais interessado sobre a sétima arte.

SERVIÇO:

Material obrigatório para o envio:
  • Cópia do vídeo, em DVD (duração máxima de 15 minutos)
  • Ficha Técnica do vídeo (formato, duração, data de produção, equipe técnica, atores, gênero, etc)
  • Autorização para Exibição e Divulgação, com firma reconhecida em cartório, do Produtor e do Diretor do vídeo
  • Dados completos do Diretor e do Produtor (nome, idade, profissão, endereço completo, telefones de contato, e-mail, e fotografias para divulgação)
Endereço para envio: R. José Peres, 4 (Centro) CEP: 36700-000  Leopoldina-MG

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Melhor dos Festivais de Video e Cinema, na Casa de Leitura Lya Botelho




     Neste domingo, dia 20 de maio, a partir das 16:00h, com entrada franca e censura 14 anos, a CASA DE LEITURA LYA BOTELHO, em Leopoldina-MG, estará iniciando uma série de exibições de vídeos selecionados entre os que competiram nas mostras FESTIVAL CINEPORT, produzido pela Fundação Ormeo Junqueira Ribeiro e patrocinado pela ENERGISA.

Nessa primeira sessão, serão exibidos, e em seguida, debatidos :
  • ·         UM OUTRO ENSAIO”, da diretora Natara Ney (RJ) – Ficção Curta, com 15’. Ganhador do I CINE AMOR, Festival de Cinema de Nova Friburgo, seu roteiro original, “Salve, Jorge!” é da própria diretora.
         Sinopse: Marido de mulher cega faz o possível para facilitar sua vida e protegê-la
  • ·         O ESTRANGEIRO”, de Ivo Marques Ferreira (Vila do Conde - Portugal) – Documentário Curta, com 18’.
        Sinopse: Personagem (o próprio diretor?) procura por Macau um Estrangeiro, alguém que ali viveu há 15 anos e com quem manteve intensa correspondência. Procura no presente os restos do passado, deixando seus próprios vestígios.

     O CINEPORT - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, que teve a sua 5ª edição na cidade de João Pessoa-PB em 2011, tem como objetivos:
- integrar o mercado cinematográfico dos países de língua portuguesa e promover os filmes realizados em português e dialetos falados nas nações africanas que formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa-CPLP, bem como reunir personalidades ligadas ao audiovisual desses países, estimulando o intercâmbio cultural, promovendo encontros, seminários, painéis, debates, conferências, mostras, lançamentos de publicações, DVDs, filmes e vídeos. 

     O CINEPORT teve sua primeira edição realizada no Brasil, entre os dias 01 e 12 de junho de 2005, na cidade de Cataguases, Estado de Minas Gerais.
     Em 2006, o 2o CINEPORT realizou-se na cidade de Lagos, no Algarve, região sul de Portugal, entre os dias 01 e 11 de junho com a parceria fundamental da Câmara de Lagos.
     Em 2007 o 3° CINEPORT foi realizado entre os dias 4 de maio a 13 de maio na cidade brasileira de João Pessoa, no Estado da Paraíba — em função de um convênio assinado entre a Fundação Ormeo Junqueira Botelho, entidade promotora do CINEPORT, a Fundação Cultural de João Pessoa – Funjope e o Governo da Paraíba. Com isso, a partir desta edição, o Festival CINEPORT passou a ser realizado bienalmente na cidade de João Pessoa.
     Em 2008, alternando com a realização do Festival CINEPORT, a Fundação Ormeo Junqueira Botelho lançou o FESTIVAL VER E FAZER FILMES – Edição CINEPORT, voltado para formação e produção e que é realizado na cidade de Cataguases – Minas Gerais. Sua primeira edição aconteceu entre os dias 3 e 13 de dezembro.
     O 4°CINEPORT  foi novamente realizado em João Pessoa na Paraíba entre os dias 1 e 10 de maio de 2009. O festival repetiu o grande sucesso das edições anteriores e entrou definitivamente para o calendário cultural do estado.
     Em 2010, foi realizada a segunda edição do FESTIVAL VER E FAZER FILMES – Edição CINEPORT com a participação de coletivos de produção de Cabo Verde, Portugal, Moçambique e Angola e as Universidades brasileiras PUC Minas e UFBA. 

     Conheça mais sobre o CINEPORT - Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa, acessando o site http://www.festivalcineport.com/2011/cineport.asp

domingo, 13 de maio de 2012

"Varal de Poemas": um encotro de "jovens poetas" na Casa de Leitura Lya Botelho

    

Um projeto pode ter início, meio e fim. Um projeto que envolva a Educação, dificilmente se conclui. O Projeto de Incentivo à Leitura e Escrita poética, proposto pela Casa de Leitura Lya Botelho, com o apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e o patrocínio da empresa ENERGISA, não pode e nem deve terminar.

     O hábito pela leitura é algo a ser estimulado e vivenciado todos os dias, dentro e fora da sala de aula; nas bibliotecas públicas e dentro dos lares. A leitura dá ao indivíduo uma autonomia, uma liberdade tão grande e importante que, através dos séculos, ela foi proibida por todos aqueles que desejavam escravizar o seu semelhante. Ela permite que o ser humano adquira informações que lhe possibilitem uma vida mais plena, mais satisfatória, com maior participação. Ela inclui, agrega, comunica e ajuda à formação de opíniões, de posturas, de pontos de vista. A leitura transmite saberes antigos e disponibiliza idéias e pesquisas modernas. Proporciona ao homem uma visão mais clara e gráfica da evolução do seu pensamento, através dos escritos de filósofos, pensadores, estudiosos, pesquisadores. A leitura é a voz da escrita, e essa, a voz do homem.



     Esse projeto nasceu do contato que a Coordenadoria da Casa de Leitura Lya Botelho teve com a obra "O Azul da Poesia", do escritor Luiz Lopez, de Cataguases-MG. Os poemas, em suas diversas formas e estilos, além das belíssimas ilustrações criadas pelo próprio artista, eram apropriados à divulgação, conhecimento e exercício da linguagem poética entre os alunos mais jovens (dos 9 aos 14 anos). Contato feito com o escritor, partiu-se para a elaboração propriamente dita do Projeto e sua apresentação à Sercretaria de Educação de Leopoldina e à Superintendência Regional de Ensino, além das reuniões com Diretores, Supervisores e Professores de Literatura e Língua Portuguesa de Leopoldina e seus Distritos.


     A Casa de Leitura Lya Botelho promoveu, então, um encontro do autor, Luiz Lopez, com os professores que iriam "trabalhar" o livro e os exercícios de escrita poética em sala de aula, numa noite em que também foi de autógrafos do mesmo, para toda a comunidade. A partir dessa data, todos os dias a Casa de Leitura Lya Botelho recebia alunos dos 3º, 4º, 5º, 6º e 7º anos de 14 escolas da rede de ensino pública e particular de Leopoldina para lerem os poemas contidos no "O Azul da Poesia" e visitarem a exposição dos originais das ilustrações criadas pelo autor. Em 4 semanas passaram pelas salas de leitura da Casa de Leitura Lya Botelho, 4.500 jovens alunos, que aqui entraram em contato mais profundo com a simbologia e encantamento da linguagem poética.


     A culminação do projeto, como não poderia deixar de ser, seria uma exposição dos poemas escritos pelos alunos, inspirados nessa experiência e contato com esse tipo de literatura. Um "Varal de Poemas", com premiação para os 3 melhores de cada ano de escolaridade, foi proposto e, finalmente, aconteceu no sábado, dia 12 de maio do corrente, com a presença numerosa de alunos, professores, educadores, supervisores e diretores das escolas participantes.

     Os belos jardins da Casa de Leitura Lya Botelho ficaram floridos, em pleno outono, com os poemas que, presos a varais, balançavam suas rimas ao vento.


     A Superintendente Regional de Ensino, Sra. Solange Cabral Riguette e o autor do livro-base, Luiz Lopez, fizeram uso da palavra levando uma mensagem de estímulo a todos aqueles jovens estudantes que haviam participado desse Projeto, lembrando-os do valor e necessidade da leitura como um hábito cotidiano e um prazer para os sentidos.


     Ao final, entre os presentes oferecidos em forma de livros de autores diversos para os alunos contemplados e os professores dos alunos cujas poesias foram classificadas em 1º lugar, houve a divertida apresentação do grupo Café com Pão, Arte e Confusão, do PINA, de Cataguases-MG. O espetáculo "Circulando", apresentado pelos jovens atores-bailarinos, foi a chave de ouro que marcou o encerramento desse sábado comemorativo.


     Como muito bem foi colocado pela Coordenadoria da Casa de Leitura Lya Botelho, esse projeto não se extinguiu nessa festa, nem nessa mostra de poemas escritos pelos alunos. Ele continua, todos os dias, dentro do incentivo que os professores e demais mestres e educadores devem, e podem oferecer, para que uma nova geração de leitores se consolide. É chegada a hora de erradicarmos com o analfabetismo. E, entenda-se por "erradicação do analfabetismo" algo muito maior do que a pessoa saber "desenhar" seu nome e, quando requisitada, mal conseguir ler algumas palavras. Analfabetismo não se limita ao mero desconhecimento dos sinais gráficos que constituem o alfabeto, mas a falta de fluência no seu manuseio.


     É preciso, portanto, que as nossas crianças e jovens adquiram a paixão pela leitura. Que encontrem no livro, um amigo fiel, sempre ao seu lado. Que, sem abandonar as novas midias e tecnologias, descubram o prazer sensorial que as páginas impressas proporcionam. Mas, sobretudo, que saibam encontrar, nas palavras gravadas no papel, o pensamento instigante, as opiniões que propõe discussão, o discurso que induz à reflexão e à uma maneira de pensar o mundo em que vivemos, ajudando a transformá-lo em algo maior e melhor para todos os seus habitantes.



quinta-feira, 3 de maio de 2012

Audio-Livros: uma biblioteca para o deficiente visual



Um livro, mais do que um objeto concreto, é um universo condensado em páginas e letras. Ler é uma experiência indescritível, pelo prazer que proporciona, pela viagem por diferente estados de alma em que o leitor navega. Decodificar as maravilhas contidas na combinação das letras é sempre uma descoberta, pois nunca surtem o mesmo e único efeito. A cada livro, a cada releitura, esse intrincado jogo combinatório favorece outras imagens, outros sentimentos.Se há um companheiro fiel, o livro o é. Sempre pronto, sempre próximo, sempre accessível.

Agora, imagine-se sem a possibilidade de ler.

Tente imaginar como seria este seu momento se, por um motivo qualquer contrário à sua vontade, você fosse impedido de continuar a leitura desta página. Se soubesse que nunca mais iria poder escolher o livro que leria em momentos de recolhimento. Ou nos quais precisasse estudar. Que a partir de agora dependesse totalmente dos demais para saber a história contida naquele romance, ou o poema escrito e publicado na internet, ou, mesmo, as notícias do dia estampadas nos jornais.

Estar privado da visão pode ser uma prisão, um mergulho profundo e temeroso numa longa escuridão.

Agora, imagine que existe quem pensa e trabalha em prol daqueles que possuem alguma forma ou grau de deficiência visual. Esse é o trabalho do Instituto Benjamin Constant, situado no Rio de Janeiro: auxiliar o deficiente visual a superar suas dificuldades, ensinando-o a lidar essa situação e encontrar maneiras de minimizá-la. A leitura, uma das grandes perdas que a falta, ou dificuldade de visão, proporciona, está sendo substituida pelos Audio-Books produzidos pelo Instituto e que trazem os mais diversos títulos em seu extenso catálogo.

A Casa de Leitura Lya Botelho, cujo maior objetivo é o incentivo à leitura, encontrou no Instituto Benjamin Constant um grande parceiro: recebemos, nesta semana, uma doação de 38 Audio-Livros, material esse de uso exclusivo dos portadores de deficiência visual que visitam ou frequentam a Casa de Leitura Lya Botelho. Títulos, temas e autores, os mais variados, favorecerão aqueles, crianças, jovens ou adultos, que desejarem ouvir, em belíssimas narrações, um clássico como "Madame Bovary", algo de uma profunda beleza, como "A Hora da Estrela", ou uma coletânea de "Contos Africanos". Jorge Amado, Clarice Lispector, George Orwell, Machado de Assis, Mario Quintana, Marilena Chauí, Angela Lago, Moacyr Scliar, são alguns dos muitos autores que podem ser ouvidos naquilo que tem a dizer, nas gravações doadas pelo Instituto Benjamin Constant.

Estamos certos que, com essa parceria, a Casa de Leitura Lya Botelho cumpre, ainda melhor o seu papel junto à comunidade, favorecendo a inclusão tão necessária e importante para qualquer sociedade.