quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dia Internacional da Animação na Casa de Leitura Lya Botelho

DIA INTERNACIONAL DA ANIMAÇÃO É O MAIOR EVENTO SIMULTÂNEO DE CINEMA NO MUNDO
Com entrada gratuita, a mostra de curtas nacionais e internacionais acontece em mais de 230 cidades do Brasil e em 30 países, como Portugal, França, Estados Unidos, Bulgária, Grécia e Coréia do Sul

Em sua 10ª edição,  o Dia Internacional da Animação é celebrado no Brasil com uma sessão, simultânea e gratuita, de curtas-metragens de desenho animado nacionais e internacionais. No dia 28 de outubro, às 19h30, haverá exibições em mais de 230 cidades do país, a realização do evento é da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA). Este é o maior evento simultâneo do gênero no país, que tem como principal objetivo difundir o cinema de animação, atraindo novos públicos e proporcionando aos espectadores o acesso a essa arte cinematográfica, institucionalizando esta data, como referência histórica da animação mundial no calendário de eventos culturais do Brasil.
O evento também acontece em 30 países, como Bulgária, França, Estados Unidos, Portugal, Grécia, Polônia, Coréia do Sul, Austrália e Egito na forma de intercâmbio das mostras.
Em 2013 foram inscritos 115 curtas-metragens de animação de vários estados brasileiros. Destes, foram selecionados 11 para o programa oficial brasileiro. O DIA faz um panorama da animação brasileira. Além das exibições da mostra oficial acontecerão várias atividades nas cidades participantes nos dias que antecedem o evento como mostras infantis, internacionais, sessões especiais para pessoas com deficiência auditiva, visual e também oficinas, debates, palestras e exposições. A Mostra Nacional de filmes brasileiros será enviada a vários países como parte do intercâmbio de filmes para as comemorações do International  Animation Day.
No site do Dia Internacional da Animação, no mês de outubro será exibida a Sessão Ambiental, seleção de filmes com temáticas voltadas a preservação da natureza e ecologia.
Este ano a Mostra Nacional Oficial receberá novamente a audiodescrição e pela primeira vez a Janela de Libras, possibilitando a exibição desta sessão de filmes para pessoas com deficiência visual, auditiva, síndrome de Down e autismo.
O objetivo do projeto é de proporcionar às diversas cidades brasileiras a exibição de filmes de animação, com entrada franca, criando debates e discussões despertando o interesse do público em fazer cinema de animação, revelar talentos e integrar as pessoas. O evento gera a integração cultural em todas as regiões do país, mobilizando diversas comunidades e facilitando a inclusão e o acesso da população à cultura.
O evento busca ainda alavancar a divulgação dos filmes nacionais para o mercado estrangeiro, através do intercâmbio com outros países. A programação local de cada cidade poderá ser conferida no site www.diadanimacao.com.br   
A ABCA promove o Dia Internacional da Animação desde 2004 e a cada edição, o evento alcança mais cidades e espectadores. O Brasil é o país que faz o maior evento de celebração da animação no mundo. A produção local do evento só acontece devido ao esforço de muitos voluntários entusiastas da arte da animação espalhados por todo o território nacional.

Em Leopoldina-MG, o D.I.A. será comemorado com uma exibição de filmes na Casa de Leitura Lya Botelho, no dia 28 de outubro, às 19:30h.
Nos dias 29, 30 e 31 de outubro haverá sessões ininterruptas das 9:00 às 11:00h e das 14:00 às 16:00h, também na Casa de Leitura Lya Botelho (R. José Peres, 4, vizinha à Praça Felix Martins, no centro de Leopoldina).
Entrada franca.



Sobre o Dia Internacional da Animação:
Mostra de curtas-metragens nacionais e internacionais.
No dia 28 de Outubro de 1892 Émile Reynaud realizou a primeira projeção do seu teatro óptico no Museu Grevin, em Paris. Essa projeção foi a primeira exibição pública de imagens animadas (desenhos animados) no mundo.           
Dia da Internacional da Animação no mundo
Foi para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou em 2002 o evento, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais filiados. Em 2013 o Dia Internacional da Animação será realizado em 30 países. (Para maiores informações sobre a comemoração deste dia nos países ligados a ASIFA acesse: http://www.asifa.net )
Dia da Internacional da Animação no Brasil
O evento foi realizado pela primeira vez no ano de 2004, no SESC Vila Mariana, em São Paulo. À ocasião, a ABCA realizou uma exposição de Traquitanas de Animação antigas, um show de sombras e bonecos recriando as primeiras apresentações de animação no mundo e a exibição de "Planeta Terra", filme coletivo de 1986 co-dirigido por cerca de 30 animadores de todo o Brasil.

O DIA no Brasil tem o patrocínio da Petrobras, e o financiamento do Fundo Nacional da Cultura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e é realizado com a parceria da ASIFA, para que a mostra brasileira também esteja presente na comemoração em mais de 30  países no mundo.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Uma viagem iconográfica pela história de Leopoldina-MG



   Uma exposição é sempre um recorte, um pedaço de um todo maior e mais significativo. É uma tentativa de focar o olhar e a atenção, por exemplo, num determinado momento, em uma época, num  grupo social específico, numa certa comunidade.

   Não houve, e nem há, nenhuma pretensão da nossa parte em considerar esta coleção de imagens e objetos numa completa ou definitiva mostra sobre o tempo, as pessoas, os bens e os saberes  de Leopoldina. É um recorte, um ensaio. Uma sugestão, inclusive, para que pensemos na importância de um espaço dedicado à preservação da memória local.


   “Do Feijão Cru ao Girassol Maravilhoso: Fragmentos da Memória Leopoldinense” visa, primeiramente, oferecer às nossas crianças e jovens, público alvo da Casa de Leitura Lya Botelho, um mosaico de um Passado mais ou menos distante, para que eles possam desenvolver o entendimento de que o Presente é sempre uma consequência e que o Futuro será o fruto dessa reflexão.


   Neste Módulo II do projeto “Patrimônio Cultural / Leopoldina-MG” que a Casa de Leitura Lya Botelho vem desenvolvendo desde 2012, tivemos de criar alguns limites na pesquisa visando torná-la dinâmica e condizente com o espaço que dispúnhamos e ao material que vínhamos coletando há algum tempo. Elegemos, nesta etapa,  alguns, entre tantos, leopoldinenses natos, de reconhecida notoriedade dentro da comunidade, bem como uma amostra dos marcos arquitetônicos e elementos da cultura local.


   Vida é movimento, é descoberta, e o que chamamos História é o seu registro a partir de fatos, observações e lembranças. Que esta coleção que ora apresentamos ajude ao visitante reconhecer-se como agente ativo, fundamental na construção, resgate e preservação dessa memória temporal.

SERVIÇO: 

A exposição permanecerá aberta ao público de 16 de setembro a 21 de dezembro de 2013, no horário de funcionamento da Casa de Leitura (de segunda a sexta, das 8:00 às 11:30h e das 13:00 às 17:00h; aos sábados, das 8:00 às 11:30h). Fechada aos domingos e feriados.

Agendamento de visita para escolas e grupos, através do e-mail casadeleitura@gmail.com

AGRADECIMENTOS:

Berê Salles
Claudia Conte
Clóvis Márcio Esteves
Clube dos Cotubas
ENERGISA
Fundação Ormeo Junqueira Botelho
Henrique Frade
Luiz Otávio Meneguite
Maria Lucia Braga
Mônica Perez Botelho
Natania Nogueira
Nilza Cantoni
OSCIP FelizCidade
PR Comunicação
Romulo Nascimento
Rubens Maia
Valdir de Paula

FONTES DE PESQUISA:

Jornal O Leopoldinense (www.leopoldinense.com.br)
Jornal A Gazeta
Jornal Ilustração
Estudos de História de Leopoldina (www.cantoni.pro.br)
Brasil: História e Ensino (www.historiadoensino.blogspot,com)
ALLA-Academia Leopoldinense de Letras e Artes (www.academialeopoldinense.net)
Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (www.iepha.mg.gpv.br)
Arquivos da Casa de Leitura Lya Botelho


PATROCÍNIO:

ENERGISA 
FUNDAÇÃO ORMEO JUNQUEIRA BOTELHO




sexta-feira, 13 de setembro de 2013

"Do Feijão Cru ao Girassol Maravilhoso: fragmentos da memória leopoldinense" em exposição na Casa de Leitura Lya Botelho


Pensar, pesquisar, organizar e montar uma exposição é sempre um trabalho bipolar: vai da exaustão à gratificação em segundos. Poder participar de todo o processo é uma experiência única, não importa quantas vezes a tenhamos repetido. Não foi diferente com "DO FEIJÃO CRU AO GIRASSOL MARAVILHOSO: FRAGMENTOS DA MEMÓRIA LEOPOLDINENSE", exposição que começa na segunda-feira, dia 16 de setembro e deverá encerrar em 21 de dezembro de 2013.
Graças ao patrocínio da ENERGISA, nossa mantenedora, e de Mônica Pérez Botelho, presidente da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, entidade privada da qual a Casa de Leitura Lya Botelho é uma das ramificações, foi possível organizarmos, em tempo recorde esta exposição que irá se estender até o final do ano.

Não existe, nem existiu, nenhuma pretensão de que essa pudesse ser uma mostra única, definitiva, abrangente e completa sobre Leopoldina. Não há como coletar e agrupar todos os tipos de documentos significativos da história de um local. Nem há como competir com a memória individual e coletiva, com as tradições locais e regionais, com o imaginário das pessoas, tudo sempre tão rico e vivo.
Nosso objetivo é e sempre será, a valorização do município e dos seus habitantes e entendemos que a História local é um desenho da trajetória da formação de ambos que, necessariamente, deve ser reconhecida, entendida em seus períodos e agentes. Justificada, então, está a exposição que ora apresentamos: resgatar essa memória e colaborar com a sua contínua construção.


Como curador dessa mostra, eu digo que o seu principal título é "Em permanente construção", visto que, ainda que ela tenha alguns limites (do final do Séc. XIX até os primeiros anos da década de 80 do século passado), impostos por questões lógicas (recursos, tempo, disponibilidade, etc), ela não termina em si. Mesmo sendo um pequeno, mínimo recorte da História local, a exposição pode ser acrescida infinitamente com outros materiais e com as memórias e reflexões que ela passa a resgatar e incentivar. A História é construída minuto a minuto e novas descobertas e informações acontecem e podem modificar a maneira que a víamos e contávamos.

Longa é a lista de pessoas que contribuíram para essa exposição. Ela remonta há muitos anos, quando foi-se formando o acervo de imagens e objetos que ora exibimos. Além disso, importantíssima é a contribuição dos recursos atuais de pesquisa, dos bancos de dados disponíveis na internet, que nos permitiu acessar e cruzar um maior número de referências. Cabe aqui destacar a valiosa contribuição da edição eletrônica do jornal Leopoldinense, com um arquivo impressionante de fotos históricas. Os sites das historiadoras e pesquisadoras leopoldinenses Nilza Cantoni  e Natania Aparecida Nogueira  são verdadeiras aulas sobre o nascimento e formação do município e da sua população. Além disso, a contribuição dada, tanto em depoimentos quanto em empréstimo de material a ser exibido, foi fundamental para que tivéssemos uma leitura mais dinâmica da mostra. Clóvis Esteves, Rubens Maia, Berê Sales e OSCIP FelizCidade foram de uma generosidade ímpar na cessão desse material.
Esperamos que os nossos visitantes, especialmente as crianças e jovens, nosso público alvo, ao visitarem a mostra possam aprender um pouco mais sobre a nossa História local, sobre as pessoas, homens e mulheres, que contribuíram, com sua capacidade de trabalho, determinação, otimismo e visão, para que aqui pudéssemos estar. Que percebam a importância de mantermos os registros do nosso cotidiano, pois é deles que a História se constrói. Que busquem conhecer melhor suas origens, as raízes das suas famílias e que coletem, em cadernos, blogs, sites, vídeo, etc, as lembranças que seus pais, parentes, amigos tem, elaborando um verdadeiro "arquivo" a ser transmitido para outras futuras gerações.
Sobretudo, ansiamos que outras instituições, públicas e privadas, deem continuidade, à sua maneira, a esta exposição, recriando-a em outros espaços, outras regiões dentro do município, para que todos possamos nos envolver num projeto de construção de auto-estima e preservação dos nossos bens, materiais e imateriais.

Serviço:
A exposição "DO FEIJÃO CRU AO GIRASSOL MARAVILHOSO: FRAGMENTOS DA MEMÓRIA LEOPOLDINENSE" acontece entre os dias 16 de setembro e 21 de dezembro de 2013, na Casa de Leitura Lya Botelho (R. José Peres, 4 - centro - Leopoldina-MG

Horário de Funcionamento:

  • de segunda a sexta, das 8:00 às 11:30h e das 13:00 às 17:00h
  • aos sábados, das 8:00 às 11:30h
 Agendamento para Escolas e grupos:
Através de e-mail (casadeleitura@gmail.com) solicitando a visita, reportando o nome da Escola ou grupo, série, número de alunos e professores, dia e hora que gostariam de realizar a visitação.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Casa de leitura Lya Botelho: 4 anos a serviço da Cultura leopoldinense

     A Casa de Leitura Lya Botelho completa hoje, dia 7 de agosto, 4 anos de existência e aproveita para renovar, nesta ocasião,  seu compromisso com Leopoldina-MG com a ativa participação nos segmentos da Cultura e Educação da cidade.
     Nascida para abrigar uma biblioteca infanto-juvenil, esse nicho de atuação ampliou-se, através dos anos, em uma pluralidade de atividades, fixas, recorrentes ou ocasionais, visando privilegiar, em primeiro lugar, nosso público: a população local e regional que nossas ações atingem, facilitando-lhes o mais amplo acesso à Cultura, à Educação e ao lazer criativo.
      Com um "cardápio" sempre crescente de eventos acontecendo em nossos espaços, orgulhamo-nos em listar algumas delas, tais como as Sessões das Quintas (para jovens e adultos), a Sessão Cineminha (para crianças) e o Grupo de Cinéfilos, que visam incentivar a leitura através das imagens, o seu relacionamento com o som e o movimento, o aprendizado e o reconhecimento de signos e símbolos, bem como permitir ampliar um conhecimento maior de culturas e saberes exibidos nas obras cinematográficas exibidas.
     Contação de histórias e apresentações de peças infantis também são projetos mais recentes e que, pelos resultados obtidos, irão se solidificar, tornando-se parte do nosso repertório de eventos continuados.
     As exposições temporárias, normalmente temáticas, por sua vez, trazem o foco para a leitura, o escritor e sua obra e seu estilo, buscando incentivar a produção literária, principalmente, entre os alunos das redes públicas municipal e estadual, assim como da particular. Concursos literários e exposições de elementos gráficos constituintes da produção de livros são realizados. Este foi o caso de projetos como "O Azul da Poesia", "Angola", "O Meu Pé de Laranja Lima: Escrita & Movimento" e "Fotografia de Cena", sobre obras de Luiz Lopez, Gita Cerveira, José Mauro de Vasconcelos e Camila Botelho Rocha, respectivamente
O constante acréscimo de obras à nossa biblioteca infanto-juvenil continua sendo uma das prioridades da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e da nossa mantenedora, a ENERGISA. Durante estes 4 anos de atividades fomos, sistematicamente, adquirindo substancial número de novos títulos, e acrescentando novos exemplares à nossa Gibiteca. Paralelamente estamos iniciando, para o público adulto, uma biblioteca com livros de gêneros diversos e um revistário, onde jornais e publicações semanais e mensais podem ser consultadas.
     Os poetas, escritores, cronistas, ensaístas e produtores de textos acadêmicos também encontram apoio na Casa de Leitura Lya Botelho, que lhes ceder seus espaços para os lançamentos de suas obras e noites de autógrafos.
     Um projeto de reconhecimento à importante contribuição da população afrodescendente à nossa cidade materializou-se com a organização da "Estante Mestre Vitalino Duarte", que abriga uma expressiva coleção de livros infanto-juvenis escritos por autores negros brasileiros, africanos e originários de outros países e continentes. Além disso, esse projeto resultou na divulgação da cultura afro, através de aulas gratuitas de capoeira durante as férias escolares e a realização, na Casa de Leitura, do IV Fórum das Culturas Populares da Zona da Mata, bem como um festival de filmes africanos cuja curadoria foi em colaboração com a Embaixada da França no Brasil e uma palestra sobre o "Racismo nas Histórias em Quadrinhos". Uma justa homenagem a dois artistas negros, Vitalino Duarte e Geraldo Pereira, recentemente produzida pela Associação Afro Mestre Vitalino Duarte, de Leopoldina-MG, e Academia do Samba de Juiz de Fora-MG, foi, também, realizada na Casa de Leitura Lya Botelho.
     Além disso, músicos e cantores também encontram em nossos espaços local para suas apresentações. Procurando sempre apresentar e divulgar artistas locais que se destacam por terem estilos próprios e bem definidos, além de um repertório de inegável qualidade, acreditamos estar, assim procedendo, colaborando também com a formação de uma platéia consumidora de arte, cada vez mais informada e exigente.
Neste segundo semestre do ano estaremos incorporando às opções que oferecemos, o projeto lítero-musical Saraus na Varanda, ocasiões em que músicos de diversas formações e estilo, além dos poetas, poderão mostrar seu trabalho, de forma bastante descontraída e participativa com o público. Ricos somos e fomos, de talentos. Basta-nos reconhecê-los, promovê-los, apoiar e consumir seu trabalho.


     Além do clima festivo pela  que me leva a escrever este texto, que é o aniversário da Casa de Leitura Lya Botelho, o momento que vivemos em nossa cidade, quando as pessoas se voltam a reivindicar dos órgãos públicos espaços adequados para a Biblioteca Municipal e Centro Cultural, a organizada ocupação dos espaços públicos comunitários para a apresentação de bandas musicais, a redação final e aprovação de uma lei municipal de fomento à Cultura através da viabilização de projetos contemplados, a transformação do CEFET-Leopoldina numa universidade, tudo isso nos entusiasma e nos faz acreditar num "renascimento" de leopoldina como um polo cultural dentro da Zona da Mata mineira. A Secretaria Municipal de Cultura, sobrepondo-se às adversidades econômicas, vem estabelecendo um diálogo muito próximo, franco e cooperativo com as lideranças culturais (artistas, artesãos, grupos, ativistas, agentes, promotores, associações, etc) e desenvolvendo projetos visando a facilitação da mais ampla acessibilidade á Cultura.
     Ainda no mês de agosto (sábado, dia 10, às 13:00h, na Casa de Leitura Lya Botelho) Leopoldina estará realizando sua 3ª Conferência Municipal de Cultura, evento esse de grande importância para diagnosticar, selecionar e levar nossas observações e anseios nessa área até o nível Federal, contribuindo assim para uma unificação (não homogenização) do movimento cultural no país. Sob os auspícios da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo de Leopoldina, essa Conferência é uma prova real do desejo em reforçar o diálogo e a interação entre a sociedade civil e o poder poder público, entre o setor privado e o governamental.
Festivais como o de Viola e Gastronomia de Piacatúba e o de Conversa de Botequim e Doces de Tebas, o Motorock, a Feira da Paz, a Exposição Agropecuária e Industrial, a Feira da Paz, o belo Natal de Luzes da APIL, o Festival de Arte e Cultura do CEFET-Leopoldina, o Open de Parapente da Zona da Mata, a Cavalgada  durante a Festa da Cruz Queimada e a Festa das Charretes, ambas em Piacatúba, o Prosa de Garagem que congrega os colecionadores de carros antigos, a Feira de Artesanato, aos sábados, na Praça Félix Martins, os grupos como o Assum Preto, os de Folia de Reis e os de Tradição Mineira, que mantém vivos os cantos, danças, linguagem e costumes da nossa terra e do nosso povo, a presença de uma Academia Leopoldinense de Letras e Artes-ALLA, as concorridas reuniões da OSCIP Felizcidade, o Museu Espaço dos Anjos, memorial vivo ao poeta Augusto dos Anjos e concorrido local de eventos, a presença de um muito ativo Conservatório Estadual Musical Lia Salgado e seu grandioso Concerto de Natal, as constantes apresentações da Banda Musical Princesa Leopoldina em praças públicas, eventos e instituições, grupos de diversos estilos musicais, tudo isso corrobora para que tenhamos muito orgulho de quem somos, do que realizamos, das nossas origens e do quanto somos representativos para a nossa região, estado e país.
     Por isso tudo, e muito mais, Leopoldina, que já foi chamada de a "Atenas da Zona da Mata", sem esquecer uma importante formação clássica entranhada em suas origens, é hoje uma jovem contemporânea, aberta ao futuro, à evolução, conectada ao que se faz e pensa, hoje, em todo o mundo. E isso é ótimo, visto a Informação fazer parte do Conhecimento, e este, representar um poder maior que os demais, pois nos confere a Liberdade através de reflexões e escolhas fundamentadas.
     Assim, reafirmamos nossa crença em que os cidadão leopoldinenses merecem oportunidades para aprenderem, desenvolverem e praticarem seus talentos, tendo suas qualidades enaltecidas, sua auto-estima reforçada, além do acesso mais amplo e irrestrito às formas do conhecimento, com liberdade e oportunidades de expressarem seus saberes e talentos.
Por tudo isso, e por muito mais que o futuro certamente trará, a Casa de Leitura Lya Botelho, entidade privada sem fins lucrativos, construída para ser o lar da família de uma dos mais importantes personagens formadores desta região, o engenheiro Dr. Ormeo Junqueira Botelho, abre-se cada vez mais à sociedade, disponibilizando o material para que seus indivíduos construam suas vidas com maior e melhor qualidade: a acessibilidade à informação, educação, cultura e preservação da memória.
Orgulhamo-nos de estar podendo, ao longo destes 4 anos,  com o apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e o patrocínio da ENERGISA, participar do desenvolvimento de Leopoldina.

terça-feira, 16 de julho de 2013


Calendário de Eventos na Casa de Leitura Lya Botelho para a semana de 15 a 21 de julho:


Quinta-feira, dia 18, às 19:30h, um dos grandes filmes do cinema francês: "A NOITE AMERICANA", do diretor François Truffaut, um dos "pais da "nouvelle vague" daquele país. 
Entrada franca e censura 14 anos.



Sábado, dia 20, às 9:00h, nova CONTAÇÃO DE HISTÓRIA, nos jardins da Casa de Leitura Lya Botelho, com muitas brincadeiras e interação da garotada. 

Entrada franca.



Logo depois, às 10:00h, a já tradicional Sessão Cineminha, desta vez com o filme de animação "101 DÁLMATAS",dos Estúdios Disney. Lugares limitados (as SENHAS começam a ser distribuídas às 8:30h). 

Censura livre e entrada franca.




Ainda no sábado, dia 20, às 10:30h o Grupo Amigos do Samba apresenta o seu show "ENCONTRO COM A SAUDADE", de forma bem descontraída, na varanda da Casa de Leitura Lya Botelho. 

Entrada franca.



No domingo, 21 de julho, às 16:00h, o espetáculo produzido pelo Grupo Teatral Seiva de Luz, de Leopoldina: "PLUFT, O FANTASMINHA", da obra de Maria Clara Machado. 

Censura livre.
Ingresso: 1 kg de alimento não perecível por pessoa (adulto e/ou criança).

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Atividades Programadas para Maio, na Casa de Leitura Lya botelho


Múltiplas são as atividades que a Casa de Leitura Lya Botelho estará desenvolvendo durante o mes de Maio/2013, sempre visando o melhor atendimento às necessidades e requisições da população em termos do mais amplo e liberal acesso à Cultura.


Uma seleção do que de melhor o cinema italiano produziu será mostrada às quintas-feiras, sempre às 19:30h e com ingresso livre:


  • dia 9/05: "O JARDIM DOS FINZI-CONTINI", de Vittorio de Sica (Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1972)

  • dia 16/05: "O LEOPARDO", de Luchino Visconti (Palma de Ouro, no Festival de Cannes)

  • dia 23/05: "UMBERTO D.", de Vittorio de Sica (indicado ao Oscar de Melhor Roteiro)


No sábado, dia 11 de maio, às 18:00h, o escritor José Antonio Marçal estará autografando seu livro "A FORMAÇÃO DE INTELECTUAIS NEGROS(AS): POLÍTICAS AFIRMATIVAS NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS", editado pela Nandyala.  O livro apresenta discussões e perspectivas que podem contribuir para o atual debate sobre políticas afirmativas no Brasil. Sendo assim, ele pode ser do interesse de um amplo leque de pessoas e atividades, entre outras: professores em geral, estudantes universitários e vestibulandos, ativistas do movimento negro e outros movimentos sociais.


Celebrando a Abolição, no dia 13 de maio, durante todos o dia, na Sala de Multi-Meios serão exibidos filmes (documentários e ficção) sobre o papel histórico ocupado pelo Negro na sociedade brasileira, exaltando sua contribuição para a Cultura e para a conscientização sobre os Direitos Humanos e suas garantias.


No dia 22 de maio, quarta-feira, às 19:00h, o Projeto TELAVIVA-FÁBRICA DO FUTURO, de Cataguases, exibirá o filme "A MARVADA CARNE", de André Klotze, ao ar-livre nos jardins da Casa de Leitura Lya Botelho. Estrelado por Fernanda Torres, foi ganhador de 11 prêmios no Festival de Gramado de 1985, inclusive o de Melhor Filme, tanto pelo Júri Oficial como pelo Júri Popular. Esta exibição faz parte do projeto que está sendo desenvolvido por Jussara Thomaz, Secretária de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer de Leopoldina, bem como a Secretaria de Assistência Social e a Prefeitura do Município, visando a facilitação e o acesso democrático aos pontos de cultura da cidade a todos os seus habitantes.
A entrada é franca e a censura é livre.



Entre os dias 22 e 24 de maio a Casa de Leitura Lya Botelho sediará o 1º ENTRE ASPAS, promovido pela Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial-ASPAS. Serão 3 dias de palestras, oficinas, grupos de trabalho, mostra de filmes e mesas redondas. Temas como "Arte, Transmídia, Hipertecnologia e Histórias em Quadrinhos, "Heróis e vilões na historiografia dos quadrinhos: estudos de caso" e "The History of Comics: um balanço historiográfico dos EUA" farão parte das palestras. Filmes de animação, previamente exibidos no CINEPORT-Festival de Cinema de Língua Portuguesa, promovido pela Fundação Ormeo Junqueira Botelho e ENERGISA, serão exibidos em sessões especiais para os participantes. Além disso, haverá lançamento de livros especializados.




Numa primeira ação desenvolvida a partir do Curso de Formação e Capacitação de Gestores de Cultura, promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de MG, da Secretaria de Cultura de Leopoldina, e do SEBRAE, receberemos a visita de alunos, professores e estores de cidades da Zona da Mata nas seguintes datas:
  • dia 18/05: Professoras de São Francisco do Glória, lideradas por Valquíria Mendes;
  • dia 24/05: Alunos e Professores de Barão do Monte Alto, liderados por Ana Cláudia Ferreira;


Continua aberta e recebendo inúmeros visitantes a exposição " O MEU PÉ DE LARANJA LIMA: ESCRITA & MOVIMENTO", que traça um perfil do escritor José Mauro de Vasconcelos, autor de 21 romances e mundialmente famoso pelo seu "O meu pé de laranja lima".
O visitante poderá apreciar e ler todos os livros já editados do autor, ver fotos de arquivo do mesmo e ver de perto material cenográfico criado e usado na adaptação do seu livro para o cinema. O filme "MEU PÉ DE LARANJA LIMA", dirigido por Marcos Bernstein, é uma lírica adaptação do livro que lhe dá o nome e foi inteiramente filmado nas cidades e distritos da Zona da Mata mineira, num esforço da produtora Passaro Films e do Polo do Audiovisual da Zona da Mata.

Lembrando que a nossa SESSÃO CINEMINHA, com desenhos animados, continua acontecendo todos os sábados, às 10:00h, para a alegria da garotada.

Todos os eventos da Casa de Leitura Lya Botelho tem o Apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e o Patrocínio da ENERGISA.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Grupo de Cinéfilos da Casa de Leitura Lya Botelho: uma experiência bem sucedida



     A Casa de Leitura Lya Botelho, em Leopoldina-MG, que desde a sua criação investiu na formação de leitores, continua nessa meta buscando ampliar o conceito de "leitura".
     O conhecimento, hoje, não é mais só transmitido oralmente, ou por livros impressos, mas nos chega através de uma grande variedade de meios e possibilidades. Assim como a TV não substituiu inteiramente a presença e alcance do rádio, nem o cinema extinguiu com o teatro e o circo, o livro, tal qual o conhecemos, certamente continuará existindo, até mesmo porque sabemos, por experiência histórica, que ele pode conservar suas qualidades originais por mais de 500 anos, enquanto que não temos a mesma certeza a respeito das novas formas de armazenamento à disposição na atualidade.
     Os conteúdos é que vão se adaptando aos novos suportes, aos novos equipamentos, aos novos tipos e velocidades de acesso. Se antes só podíamos assistir a um filme dentro de uma sala de cinema, hoje podemos "baixá-lo", armazená-lo e assistí-lo, quando, onde e como melhor nos aprouver, em nossos smartphones, tablets, iPods, TVs interativas, consoles de jogos, etc.
     Os conteúdos se democratizaram, tornando-se de acesso comum, cuja difusão contribui com o conhecimento de muitos. O vídeo que está no topo desta postagem é um exemplo disso. Há 15 anos, se estivéssemos interessados em divulgar um evento através da imagem em movimento, era necessário um investimento financeiro substancioso, equipamentos caríssimos, uma equipe de profissionais qualificada, muitas vezes rara nos pequenos centros, um produtor e um distribuidor que avaliariam, dentro dos seus preceitos e interesses, a importância do evento e de se investir em sua divulgação, etc.
    Hoje bastou-me, para disponibilizar esse conteúdo (o assunto do vídeo em questão) dentro da "teia" através das, assim chamadas, redes sociais (Facebook, YouTube, Twitter, Tumbler, Pintrest, Vimeo, UStream, etc) um computador e alguns cliques no mouse. Com um toque, foi possível divulgar, num primeiro momento, para centenas de pessoas, e com o passar do tempo e o efeito multiplicador dos compartilhamentos, atingir milhares ou milhões de pessoas no mundo todo. Ou seja, o "IV FÓRUM DAS CULTURAS POPULARES DA ZONA DA MATA", encontro organizado por Oswaldo Giovanninni Jr em Leopoldina-MG (e esse é só um exemplo) está, neste momento, tendo seu registro divulgado e disponibilizado para um contingente de pessoas muitas e muitas vezes maior do que as que poderiam comparecer a ele, fisicamente. Essas pessoas que estão em algum lugar do país e do mundo assistindo a esse vídeo são também considerados leitores, pois estão decodificando a linguagem das imagens e sons gravados numa forma de "leitura" que resulta na aquisição de conhecimento (informação) e cultura (aprendizado). Assistindo a esse pequeno documentário, elas poderão aprender (caso ainda não saibam) que existem pessoas, numa cidade no interior de Minas Gerais, no Brasil, que busca preservar a cultura popular da região, reconhecendo-a como patrimônio imaterial, e que sentem a necessidade de melhor se organizarem unindo forças para poderem dar continuidade a esse trabalho de preservação da memória, dos costumes e da história da sua gente.
     A Casa de Leitura Lya Botelho, criada para ser uma biblioteca infanto-juvenil, em pouco mais de 3 anos de existência, direciona sua tragetória na busca dessas novas alternativas para a formação de leitores para os novos tempos. Acompanhar a evolução tecnológica que vivemos, testar e aprender com os novos recursos que o mercado disponibiliza, saber determinar o melhor uso desses artefatos e colaborar na criação de conteúdos para as novas mídias, tudo isso, e mais, tem sido o nosso trabalho.
     O grupo de Cinéfilos nasceu de forma espontânea a partir do interesse de um grupo de jovens universitários que frequenta as sessões de vídeo que a Casa de Leitura Lya Botelho promove (formação de platéia), às quintas-feiras. Despertado o interesse pelo assunto (Cinema, no caso), foi-lhes disponibilizado local e horário de uso, além de recursos técnicos e uma biblioteca especializada, onde pudessem dar prosseguimento aos seus estudos, discutindo idéias, refletindo sobre conceitos, assistindo e desconstruindo  obras de diretores "cabeça", compreendendo a importância de cada elemento constituinte dos filmes e, sobretudo, preparando-se para começar a produzir seus próprios conteúdos, dentro do seu âmbito de interesse.
     Esse grupo de leopoldinenses apaixonados pelo Cinema aproveitou, então, a realização do IV FÓRUM DAS CULTURAS POPULARES DA ZONA DA MATA, no final de março, para darem seus primeiros passos como produtores e realizadores.
     Ruth Gonçalves, Isabella Fidelis, Dalila Carvalho e Kelvin Carvalho venceram a natural timidez e foram à luta, munidos de tablets, telefones celulares e uma simples câmera digital, registrando nesses pequenos aparelhos aquilo que viam e ouviam. Horas antes do evento se iniciar, tiveram uma aula de roteirização, de uso do equipamento, enquadramento, dada por Romulo Carvalho Nascimento e Dayana Valle, experientes fotógrafos e companheiros de grupo. A edição, parte importantíssima do processo, foi inteiramente realizada pelo Romulo, visto que o grupo ainda "ensaia" seus primeiros passos nessa arte.
     O trabalho aí está. Longa vida ao grupo de Cinéfilos leopoldinenses!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Mostra Filme em Minas na Casa de Leitura Lya Botelho

     A Mostra "FILME EM MINAS", parte do dinâmico e plural programa MINAS TERRITÓRIO DA CULTURA / ZONA DA MATA elaborado pela Secretaria Estadual de Cultura de Minas Gerais e visando a descentralização e regionalização das políticas culturais no estado, chega a Leopoldina-MG entre os dias 5 e 7 de abril, com exibições na Casa de Leitura Lya Botelho, numa parceria com a Secretaria de Cultura, Esportes, Turismo e Lazer de Leopoldina.

     O programa, distribuído em 3 dias, traz à apreciação do público uma amostragem do panorama das produções já realizadas em Minas Gerais, valorizando nossa geografia e patrimônio,  incentivando a economia criativa das regiões escolhidas como locação com a  formação de um contingente de profissionais habilitados a esse tipo de prestação de serviço.

     Tendo nomes de peso no cenário cinematográfico nacional como Marcos Pimentel, Elza Cataldo, Aleques Eiterer, Feliciano Coelho, Eduardo Moreira, Cristiane Zago, Rodolfo Magalhães, André Hallak e Selton Melo, a Mostra abrangerá filmes documentais e ficcionais, em curta, média e longa metragem.

     Todas as sessões começam às 19:30h e a entrada é franca.
     Devido ao horário, a censura é 14 anos.


segunda-feira, 25 de março de 2013

Diálogos com as Linguagens Artísticas: exercícios de pesquisa e criatividade na Casa de Leitura Lya Botelho



     O diálogo cinema, teatro e dança que pauta o trabalho da Cia Ormeo, companhia de dança da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, patrocinados pela ENERGISA, vive um constante processo de exercício e atualização dos seus componentes.




     Sob a competente direção da coreógrafa e bailarina Daniela Guimarães, doutoranda em Dança, o grupo frequenta semanalmente a Casa De Leitura Lya Botelho, em Leopoldina, onde desenvolvem trabalhos de pesquisa, análise fílmica, discussão de conceitos de estética e estrutura narrativa utilizando, para tanto, filmes clássicos e contemporâneos, sempre em busca de um enriquecimento do próprio olhar.

     Hoje, segunda-feira, 25 de março, a grupo dedicou-se a transferir, graficamente, as impressões e emoções coletadas ao assistir "Blancanieves", filme espanhol ganhador de 10  Goya, cobiçado prêmio do mais importante festival cinematográfico espanhol, em 2012. Dirigido por Pablo Berger, o filme narra, em preto e branco e sem diálogos, uma versão clássica do conto infantil "Branca de Neve e os 7 Anões".
 

     Trabalho extremamente autoral, o filme mescla os arquétipos da conhecida história, com o cenário, as músicas, os símbolos e o drama que constituem grande parte do imaginário espanhol.


     Os trabalhos foram realizados em técnica de colagem mista (papel e objetos diversos), com a liberdade de serem feitos em grupo e/ou individualmente.


     Exercícios como esse provocam uma maior interação com o tema do filme, bem como desenvolvem as possibilidades de novas leituras e diálogos com a obra de arte.


     Além de insistir na utilização do cinema como meio de transmissão de valores e provocar reflexões, a Casa de Leitura Lya Botelho vem desenvolvendo um trabalho de formação de platéia, através de exibições semanais de filmes e mesas de debates, visando, exatamente, o melhor conhecimento das múltiplas possibilidades que a Arte oferece como forma de expressão e de construção do indivíduo.

segunda-feira, 11 de março de 2013

O Meu Pé de Laranja Lima: escrita & movimento


     A Casa de Leitura Lya Botelho tem a satisfação de abrir, nesta segunda-feira, 11 de março, o acesso a um espaço temático em homenagem ao escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos, cuja obra, de caráter regionalista, sempre encontrou repercussão no imaginário das pessoas.

    Nascido em Bangu, bairro da cidade do Rio de Janeiro, é um dos escritores brasileiros mais lidos no exterior, sendo muito respeitado em todo o mundo. Filho de família muito pobre, ainda menino mudou-se para casa de uns tios, em Natal, no Rio Grande do Norte, onde foi criado. Aos 9 anos aprendeu a nadar nas águas do Potengi, quando alimentava seus sonhos de ser campeão de natação. Depois de cursar Medicina por dois anos, voltou ao Rio, num velho cargueiro (1941) onde trabalhou como técnico de boxe, modelo para escultores, carregador de frutas, entre outros serviços. 
    
 Com uma vida nada fácil, foi para São Paulo onde começou como garçom de boate e passou por outros empregos até que ganhou uma bolsa de estudos na Espanha, período em que viajou por vários países da Europa. De volta ao Brasil trabalhou junto aos irmãos Villas-Boas, principalmente explorando a inóspita região do Araguaia. Desta aventura resultou seu primeiro livro de estréia, "Banana Brava" (1942) sobre o mundo dos homens dos garimpos. Depois veio "Barro Blanco" (1945) sobre as salinas de Macau, no Rio Grande do Norte, seu primeiro grande sucesso de crítica. "Longe da Terra" (1949), "Vazante" (1951), "Arara Vermelha" (1953) e "Arraia de Fogo" (1955) o sucederam. Porém só com "Rosinha, Minha Canoa" (1962), atingiu o primeiro sucesso literário e ganhou fama como escritor, sendo este livro utilizado em curso de Português na Sorbonne, em Paris. "Doidão" (1963), sobre sua adolescência em Natal, "O Garanhão das Praias" (1964), "Coração de Vidro" (1964) e "As Confissões de Frei Abóbora" (1966), antecederam seu maior sucesso popular, "O Meu Pé de Laranja Lima" (1968), que foi adaptado pela antiga TV Tupi e pela TV Bandeirantes como novelas televisivas e também levado ao cinema (1970). 


     Foi também artista plástico, ator de teatro e televisão e morreu em São Paulo, aos 93 anos. Viveu, pois, nos mais diferentes recantos do seus país e exerceu uma imensa variedade de profissões. Assim, conheceu muitas culturas e diversos tipos de pessoas e desenvolveu um estilo simples e emotivo, cujos livros transportam os leitores a um mundo de ternura e de alta sensibilidade. A crítica francesa Claire Baudewyns afirma que há em suas obras algo "que confere às obras de José Mauro de Vasconcelos uma poesia particular, nascida da alquimia entre o mundo real e o mundo imaginário"
     Em sua vasta obra, iniciada aos 22 anos de idade e lida em alemão, inglês, espanhol, francês, italiano, japonês e holandês, entre outras línguas, ainda se destacaram "Rua Descalça" (1969), "O Palácio Japonês" (1969), "Farinha Órfã" (1970), "Chuva Crioula" (1972), "O Veleiro de Cristal" (1973) e "Vamos Aquecer o Sol" (1974) e vários de seus livros ganharam versões cinematográficas. 
Vale observar que sua autobiografia foi escrita de forma um tanto incomum, em uma seqüência de quatro livros, de forma romanceada: "O meu pé de laranja lima", sua infância em Bangu, "Vamos aquecer o sol", sua mudança para Natal, "O doidão", a adolescência, e "Confissões do Frei Abóbora", sua vida adulta.


     Nos últimos 9 anos a produtora Kátia Machado trabalhou incansavelmente para levar à grande tela do cinema, uma nova versão do "O meu pé de laranja lima", por acreditar que essa história ser contada e reapresentada a toda uma nova geração, até chegar, com o co-roteirista e diretor Marcos Bernstein, a uma versão final do roteiro, que traduzisse o espírito do livro, trazendo-o para um novo tempo e espaço.

     Neste final de semana aconteceu em no Centro Cultural Humberto Mauro, em Cataguases-MG, a pré-estréia do "MEU PÉ DE LARANJA LIMA", da produtora Pássaro Films, com o suporte do Polo Audiovisual da Zona da Mata. Dia 19 de abril o filme estréia no circuito comercial, ocupando as muitas salas de cinema do nosso país. 
     A Casa de Leitura Lya Botelho aproveita-se desse lançamento para promover uma série de ações que 
incentivem a leitura. E quando escrevo "leitura" quero que o conceito se estenda à todas as formas de leitura  dos caracteres, das palavras, dos signos, das imagens, do mundo ao redor, enfim.
     Tão importante quanto ler o livro  "O meu pé de laranja lima" é estabelecer um paralelo com a sua versão cinematográfica, enfatizando temas como o que é um roteiro adaptado, a criação de novos diálogos apropriados ao ritmo cinematográfico e, em especial, o processo de transmissão de idéias e valores através da imagem.


     O livro nos possibilita a criar o nosso próprio "filme", a darmos forma e rosto aos personagens, sons às suas vozes, a imaginarmos a paisagem e os acontecimentos. O livro estimula a imaginação. O filme, por sua vez, nos apresenta todo um universo pronto para consumo, construído pela sensibilidade do roteirista, do diretor, e dos demais artistas e técnicos encarregados a darem vida às páginas da obra original, adaptando-a a um outro suporte que não o do papel. O filme nos incentiva a refletir a respeito do que vimos. Ambos são experiências únicas e tem qualidades e recursos próprios. Ambos podem e devem ser vistos como um diálogo entre criadores, artistas comprometidos a contarem, cada um dentro da sua especialidade, a mesma história, sem o compromisso da fidelidade absoluta, pois a Arte é uma manifestação de talentos individuais.
     Esse espaço dedicado ao livro e ao filme "MEU PÉ DE LARANJA LIMA" ficará aberto até 29 de junho, esperando alunos, professores e demais visitantes para conhecerem de perto um pouco mais desse grande escritor brasileiro, que cujos livros tem neles gravados as cores, os cheiros, as paisagens, os personagens e as vozes deste imenso Brasil.

Apoio Cultural: Fundação Ormeo Junqueira Botelho  /  Pássaro Films
Patrocínio: ENERGISA 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Livros & Filmes, a proposta para Março da Videoteca da Casa de Leitura Lya Botelho


Sempre buscando proporcionar uma melhor associação entre cultura e entrenimento, a programação da Videoteca da Casa de Leitura Lya Botelho apresenta uma seleção bastante especial de filmes para este mes.
Em março a literatura vai dominar as noites de quinta-feira em suas adaptações para o cinema.

Começamos, no dia 7, com um dos mais recentes filmes lançados no país: "HITCHCOCK", baseado no livro "Alfred Hitchcock and the Making of Psycho", do escritor Stephen Rebello. O filme, dirigido por Sacha Gervasi e interpretado por Anthony Hopkins e Helen Mirren narra as tribulações do famoso diretor, e sua inteligente e talentosa esposa, para transformar um livro sobre um serial killer no seu famoso "Psicose".

No dia 14 de março a tela da Videoteca da Casa de Leitura Lya Botelho é o suporte para conferirmos a transposição de um dos mais famosos clássico da literatura mundial para o cinema. Keira Knightly dá vida a uma das mais importantes personagens da literatura: "ANNA KARENINA", nascida do talento do russo Leon Tolstoi. Uma história de amor, paixão, traição e punição, desta feita contada com um mis-en-scéne de uma arrebatadora beleza.

Quinta-feira, dia 21, é hora de conferir a fábula escrita por Rudyard Kipling e magistralmente transposta à tela pelo gênio do diretor John Huston, aliado, naturalmente, ao talento de atores como Sean Connery e Michael Caine. "O HOMEM QUE QUERIA SER REI" narra a história de 2 aventureiros ingleses que acabam por se aventurar por terras onde nenhum homem branco havia estado desde Alexandre, o Grande e são, portanto, confundidos com seres divinos.

Sheakspear dificilmente poderia faltar numa seleção de obras literárias adaptadas para o cinema. Elizabeth Taylor empresta sua beleza e talento para viver Catarina em "A MEGERA DOMADA", ao lado de Richard Burton, sob a direção do preciosista Franco Zefirelli. Um clássico da literatura que encontrou na grande tela uma nova oportunidade de provar o talento do seu autor.

As sessões, sempre com entrada franca, acontecem todas as quintas-feira, às 19:30h e a censura é 14 anos,

A Casa de Leitura Lya Botelho localiza-se à R. José Peres, 4, no centro de Leopoldina-MG

Apoio Cultural: Fundação Ormeo Junqueira Botelho

Patrocínio: ENERGISA