sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Museu Espaço dos Anjos e Revista Eletrônica: destaques 2012



 
    

Leopoldina, que já foi saudada como a "Atenas da Zona da Mata", tem pelo menos 2 bons motivos para comemorar 2012: a inauguração do Museu Espaço dos Anjos e o lançamento da Revista Eletrônica (Banco de Dados de Leopoldina). Ambos eventos foram de suma importância para a Cultura do município como um testemunho da nescessária conscientização da preservação de tudo o que é significativo para o registro da História.


      Inaugurado em outubro, o MUSEU ESPAÇO DOS ANJOS, que ocupa a antiga moradia do artista plástico, que se auto-intitulava "Mordomo de Augusto", Luiz Raphael Domingues Rosa, é um importante marco,  como um espaço cultural a mais que a cidade passa a possuir e como um memorial à figura do ilustre poeta paraibano que aqui viveu seus últimos dias. Importante, também, é o fato de que, ao preservar-se a antiga residência da R. Barão de Cotegipe, tombando-a como monumento histórico, restaurando e adequando-a, o poder público (leia-se Secretaria de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo em conjunto com a Promotoria de Proteção ao Patrimônio), atendendo a uma das solicitações da sociedade civil organizada (leia-se OSCIP FELIZCIDADE), dá uma demonstração de correta administração e reconhecimento do valor do nosso patrimônio cultural, material ou imaterial. Numa feliz coincidência, a concretização desse antigo desejo da população deu-se no ano do centenário de Augusto dos Anjos.
    

    
A mesma OSCIP FELIZCIDADE, desta vez com o apoio da Fundação CEFETMINAS e realização do CEFET-MF Leopoldina, deu forma a um trabalho de pesquisa que durou mais de 6 anos, distribuindo às escolas, bibliotecas e pontos de cultura de Leopoldina o CD contendo uma Revista Eletrônica. Pesquisa minuciosa e elaborado trabalho de formatação coordenado pela professora Renata Lima e Arantes, essa revista feita aos moldes das atuais tecnologias digitais, reune mais de 900 artigos, entre vídeos, documentos, músicas e fotografias. Uma verdadeira mini-biblioteca que irá interessar a todo estudante, pesquisador e cidadão consciente da importância do conhecimento e da preservação de artefatos que registrem a história de Leopoldina.

     Uma sociedade só sobrevive e evolui quando é consciente das suas raízes, cultiva suas tradições e tem conhecimento e respeito pela sua história. A ganância econômica traduzida pelo rápido desaparecimento ou transformação da paisagem urbana, que, em nome da modernidade vai substituindo a história por arranha-céus ou outros monstrengos pseudo-contemporâneos, deveria ser controlada por meios legais, estabelecidos e votados pela população. Evitar-se-ia assim que nas cidades, os chamados "centros históricos", fossem descaracterizando-se ao permitir construções que não respeitam o gabarito natural daqueles espaços, além de eliminar, à força de picaretas, construções centenárias. com sua aparência, aspectos construtivos, materiais utilizados, ornamentos e proporções típicas da época e das pessoas que as erigiram.
   
R. Barão de Cotegipe, ontem e hoje /  Leopoldina-MG
      Preservar não é sinônimo de saudosismo, misoneísmo ou imobilidade. É manutenção, conservação. Não é, enfim, aversão ao novo ou ao progresso. Ao contrário: a paisagem urbana fica enriquecida quando os sítios históricos, conservados, criam "ilhas" dentro da natural expansão da cidade. Valorizar a recuperação de antigas construções, adaptá-las, em seu interno, às necessidades e recursos contemporâneos preservando, porém, as características externas (fachadas, por exemplo), é mais do que um ato de bom senso, é uma demonstração de inteligência e cultura. Lucram o proprietário do imóvel e toda a comunidade que, ao explorar o turismo dos seus sítios históricos, estão estabelecendo novas formas de economia criativa. Não se vive no passado, mas pode-se viver do passado.
     Exemplos como os 2 acima citados trouxeram à população leopoldinense mais uma oportunidade de pensarem a sua cidade. São exemplos de involvimento e abnegação, de esforço e doação, de sabedoria e método. Merecem ser destacados (sem desmerecer tantos outros feitos em favor do patrimônio e memória local) e imitados, reproduzidos, ter continuidade, pois são a comprovação de que o novo, o moderno, a tecnologia estão a serviço da História, ou seja, da valorização da comunidade como um todo e de cada cidadão.
    

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

2012, um ano de muita atividade na Casa de Leitura Lya Botelho

   
   
 Fim de ano é tempo de revisão e tomada de resoluções. Rever o já feito, aquilo que realizamos, nos permite uma melhor avaliação do binômio proposta/resultado, sem contar que serve de guia para novos e futuros projetos.
     A Casa de Leitura Lya Botelho começou 2012 com uma nova Coordenadoria que, além do empenho e contínuo apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, na pessoa da sua presidente, Sra. Monica Pérez Botelho, do patrocínio da ENERGISA, contou com o excelente trabalho executado por Marcos Andrade, seu ex-diretor, na implantação e divulgação da Casa de Leitura junto à comunidade.


     A proposta básica deste ano e dos novos gestores foi a consolidação da Casa de Leitura Lya Botelho como um ponto de cultura, um ponto de referência como biblioteca infantojuvenil, além de expandir suas atividades de tal forma que disponibilizasse um leque maior de atividades de interesse geral.
     O ano começou com um muitíssimo bem sucedido projeto de leitura e escrita poética, tendo como referência o livro "O Azul da Poesia" do autor cataguasense Luiz Lopez. Mais de 4.500 alunos da rede escolar, pública e particular, de Leopoldina passaram pela Casa de Leitura Lya Botelho onde visitaram a exposição de ilustrações realizadas pelo autor e puderam ler o livro e dele extraírem a inspiração para escreverem seus próprios poemas. O projeto culminou com um Varal de Poemas e premiação para os selecionados e seus professores.


     Se a Leitura dá nome e sentido a esta Casa, nunca nos esquecemos que o significado do termo é amplo. O objetivo de uma Casa de Leitura vai além de proporcionar a jovens e adultos estímulo e condições para a apreciação de livros, jornais, revistas e periódicos de todos os tipos. A Leitura abrange a compreensão e interpretação do mundo que nos cerca através da decodificação de seus signos. Ler não é tão somente saber interpretar as combinações das letras do alfabeto (ou qualquer outra forma de escrita), mas reconhecer e dar significado aos elementos que compõem nosso entorno.


     A "leitura" da cidade, da maneira que ela é "escrita" no seu plenejamento urbano, na construção de suas edificações, no paisagismo e no traçado de suas vias, nos costumes e maneiras dos seus habitantes, na sua formação populacional, etc, tabém é de suma importância para todo o "leitor". Preocupada com a ampliação das formas de Leitura foi que a Casa de Leitura Lya Botelho iniciou, em julho, seu projeto denominado "Memória e Patrimônio: Leopoldina", dividido em módulos a serem desenvolvidos, concomitantes ou não, nos próximos anos. O primeiro desses módulos chama-se "A contribuição do Negro na vida sócio, política econômica e cultural de Leopoldina" e uma série de ações foram executadas, outras iniciadas, durante este semestre. Tivemos a exibição de 2 mostras de cinema, uma, de origem norte-americana, com filmes clássicos sobre a condição do Negro naquela sociedade. Uma outra, patrocinada pela Embaixada da França no Brasil, através da Cinematèque Française, trouxe à Leopoldina, 8 filmes de diretores africanos de 8 diverentes países daquele continente. Enquanto no mes de julho, aproveitando as férias escolares, a Abadá-Capoeira de Leopoldina, através do Mestre Dim, ministrava aulas gratuitas de capoeira para as crianças, uma estante com 100 obras de autores negros, africanos ou afro-descendentes, todos de litreratura infanto-juvenil, era montada e disponibilizada, prestanto inclusive uma homenagem ao cidadão Vitalino Duarte, denominado de Mestre, pela sua contribuição à cultura da nossa cidade. Também a professora, historiadora e pesquisadora Natania Nogueira ministrou uma oficina sobre o racismo nos quadrinhos, mostrando que esse suporte sempre foi usado com finalidades ideológicas.


     Lançamentos de livros, em memoráveis noites de autógrafos, marcaram o ano, aproximando o escritor do seu público leitor, e, sempre que possível, procurando valorizar os talentos locais. Luiz Lopez, José do Carmo, Glória Barroso, Valéria Amâncio, Bruna Vieira e Maria José Ladeira Garcia divulgaram seu trabalho e deram uma clara demonstração de que as Artes e, em especial, a Literatura, tem não apenas um público cativo em nossa cidade, mas também uma produção expressiva e digna de registro.
     Durante 2012 aconteceram 3 shows nusicais nos jardins da Casa de Leitura Lya Botelho cujos intérpretes e seus respectivos repertórios prestigiaram a boa música brasileira: "Samba de Dois", com Thaylis Carneiro e Gabriel Nunes, depois os Beatnicks numa justa homenagem a Serginho do Rock e, finalmente, o grupo Nó da Madeira, com o samba de raíz. A Banda Musical Princesa Leopoldina, sob o comando do maestro paulo Roberto, também apresentou-se, em diversas ocasiões, nos jardins, resgatando a tradição dessa formação musical. Uma das mais interessantes atividades musicais registradas neste ano foi o ensaio aberto realizado pelos alunos do Conservatório Estadual Lia Salgado, num memorável final de tarde, quando a R. José Peres praticamente parou para ver a bela apresentação daqueles jovens.


     O Teatro e a Dança também não foram esquecidos: o Grupo Café Com Pão Arte e Confusão, de Cataguases, também aqui se apresentaram por duas vezes com o espetáculo "Circulando". Um número enorme de crianças e adultos compuseram a audiência das apresentações.
     O Cinema, como linguagem, também foi amplamente utilizado durante todo o ano, tanto em exibições para turmas de alunos das escolas da rede de ensino do município, como em programações específicas, tais como o Cinema às Quintas, com filmes voltados a um público mais adulto, selecionados entre os grandes clássicos produzidos pela indústria cinematográfica. As crianças, naturalmente, não foram esquecidas e para ela criamos, nas manhãs de sábado, a concorridíssima Sessão Pipoca. Um grupo de jovens interessados em conhecer melhor a arte cinematográfica passou a se reunir aos sábados no intuito de assistirem e discutirem filmes chamados "de arte" ou mais autorais, enfatizando os recursos técnicos da sua composição. Hoje esse grupo está sólido e seu interesse nos leva a acreditar na real possibilidade a instalação de cursos e oficinas de formação técnica que viria a contribuir com o Polo Cinematográfico que existe e atua em nossa região.

 

  Os famosos jardins desenhados por Burle Marx chamaram ainda mais a atenção dos frequentadores e do público em geral quando da inauguração do Orquidário Dora Müller Botelho, em novembro. D. Dorinha, como era carinhosamente chamada a esposa do Dr. ormeo Junqueira Botelho, proprietários do imóvel onde hoje funciona a Casa de Leitura Lya Botelho, além de apreciar a jardinagem, era uma colecionadora de orquídeas. Seus filhos, capitoneados pelo Dr. Ivan Müller Botelho, Presidente do Conselho de Administração da ENERGISA, prestando uma belíssima homeagem à mãe e presenteando a cidade com mais um espaço onde cultura e lazer se mesclam, revitalizaram o antigo espaço reservado para a coleção de orquídeas e acrescentaram 100 novos exemplares ao mesmo.


    O ano não poderia terminar sem que mencionássemos e aagradecessemos as inúmeras escolas e visitantes diversos que aqui estiveram em diversas ocasiões. Há 3 anos de sua inauguração, a Casa de Leitura Lya Botelho firma-se no cenário cultural de Leopoldina e região como um espaço promotor de idéias, de ativa participação comunitária, de referência pelo comprometimento dos seus projetos.
     E é neste quase alvorecer de um novo ano que desejamos agradecer a todos que conosco caminharam, nos incentivando a prosseguir, a evoluir, a melhor contribuir, pelo seu companheirismo, pela profícuas parcerias, pela obtenção de expressivos resultados.



     Nosso compromisso e responsabilidade com o município de Leopoldina aumenta e estaremos trabalhando, no próximo ano, para honrar os propósitos da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e da ENERGISA na formação de pessoas que irão construir um futuro ainda melhor.
Feliz Ano Novo a todos!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Maria José Ladeira Garcia lança livro na Casa de Leitura Lya Botelho



_ Escrever não cura, mas entretém, porque a escritura é um mecanismo de defesa, por nascer na solidão que não é o espaço vazio, mas o contexto para se ganhar a paz, tornar-se criador e projetar-se numa dimensão temporal, além do bem e do mal.

Maria José Ladeira Garcia


     A conceituada professora e doutora em Literatua Maria José Ladeira Garcia, ocupante da cadeira nº 13 da A.L.L.A. - Academia Leopoldinense de Letras e Artes, cujo patrono é França Júnior, lançou seu livro, "Projeções Especulares em Invenção do Inútil de Elias José" na Casa de Leitura Lya Botelho, em Leopoldina.

     A obra, fruto de extensa pesquisa da autora resgatando esse importante escritor mineiro, Elias José, em seu romance datado de 1978, tem a sua apresentação feita pela professora e doutora Maria de Lourdes Abreu de Oliveira, é uma reflexão sobre a essência do ser humano, por meio da sondagem lúcida dos mistérios sutilmente abrigados na escritura de Elias José (Sta. Cruz da Prata, 1936 - Santos, 2008), contando, para tanto, com o apoio de grandes pensadores, filósofos e teóricos da teoria literária.

     Além de numeroso grupo entre os demais integrantes da A.L.L.A.,  a presença de ex-alunos, professores e amigos prestigiando a autora, Maria José Ladeira Garcia, deram ao evento um clima de agradável informalidade.



Apoio Cultural: Fundação Ormeo Junqueira Botelho
Patrocínio: ENERGISA

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Férias: tempo de Estudos de Cinema na Casa de Leitura Lya Botelho



Passadas as festas de final de ano, a Casa de Leitura Lya Botelho entra em férias coletiva no início do mes de janeiro. Mas isso não significa que estaremos totalmente ausentes de atividades!
A Coordenação preparou uma programação para os 4 finais de semanas do primeiro mes do ano de 2013 que certamente fará a alegria de qualquer amante do Cinema.

 Serão 8 encontros, aos sábados (pela manhã) e domingos (à tarde), em tornos de filmes considerados clássicos dentro da vasta cinematografia mundial. Foram escolhidos 2 diretores italianos, 1 sueco e 1 japonês, na seleção dos longa-metragens, cujas sessões serão sempre aos sábados, 9:00h.
Como o cinema nacional vem, a cada ano, firmando-se como uma indústria sólida e de resultados surpreendentes, com o reconhecimento da crítica nos Festivais internacionais, teremos aos domingos, a partir das 15:30h, a exibição de 4 curta-metragens extremamente autorais, de consagrados diretores brasileiros.

Essas sessões são seguidas de comentários técnicos e estilísticos, buscando fazer uma cuidadosa análise das obras apresentadas e localizando-as dentro da época e da cultura onde foram realizadas.
Todas as sessões dos longa-metragens tem censura 16 anos, enquanto que a censura para os filmes de curta-metragem é 14 anos.

A entrada é franca e todos são bem vindos.
 
JANEIRO/2013 : PROGRAMAÇÃO
Sábado, dia 5:
às 9:00h: "TEOREMA", de Pier Paolo Pasolini
Domingo, dia 6:
às 15:30h: "EDIFÍCIO MASTER", de Eduardo Coutinho

Sábado, dia 12:
às 9:00h: "MORANGOS SILVESTRES", de Ingmar Bergman
Domingo, dia 13:
às 15:30h: "NÓS QUE AQUI ESTAMOS POR VÓS ESPERAMOS", de Marcelo Masagão

Sábado, dia 19:
às 9:00h: "SONHOS", de Akira Kurosawa
Domingo, dia 20:
às 15:30h: "ESTAMIRA", de Marcos Prado

Sábado, dia 26:
às 9:00h: "BLOW UP", de Michelangelo Antonioni
Domingo, dia 27:
às 15:30h: "SANTIAGO", de João Moreira Salles
Apoio cultural: Fundação Ormeo Junqueira Botelho
Patrocínio: ENERGISA 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

"Depois dos Quinze", de Bruna Vieira, tem noite de autógrafos na Casa de Leitura Lya Botelho



Uma tímida garota do interior de Minas Gerais começa a escrever um diário virtual. Um blog, como essa geração super informatizada chama aquilo que os antigos cadernos de memórias, pensamentos e recordações se transformaram.
A constância no ato de escrever, expondo sua maneira de pensar e reagir e, de até mesmo, sentir-se parte do mundo, provoca uma transformação e a menina introvertida acaba por descobrir-se segura de si, preparada para enfrentar o mundo e concretizar seus sonhos.


"DEPOIS DOS QUINZE" (www.depoisdosquinze.com), o blog da leopoldinense Bruna Vieira, torna-se nacionalmente conhecido e a autora recebe um convite da Revista Contigo para, em mudando-se para São Paulo, passar a fazer parte do staff de blogueiros e articulistas da revista.
Em menos de um ano na capital paulista e Bruna retorna a Leopoldina para, concomitantemente com cidades do porte do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, lançar o seu primeiro livro, de contos e crônicas, que muito apropriadamente, leva o título de "DEPOIS DOS QUINZE - QUANDO TUDO COMEÇOU A MUDAR".
O livro, publicado pela Gutemberg, já em sua 2ª edição, tem sido um sucesso não apenas de vendas, mas em revelar um público leitor adolescente que não consome somente as histórias ficcionais estrangeiras que inundam o mercado editorial, mas que se identifica com autores competentes e que expressam sentimentos que lhes são comuns. Isso fica comprovado na presença maciça de jovens, de ambos os sexos, leitores do blog da escritora, que correm ansiosos às prateleiras das livrarias e às noites de autógrafos da autora, para adquirirem o mesmo.


Bruna Vieira escreve sobre ela. Seu dia a dia, seus amigos, suas esperanças, suas transformações, a sua forma de resolver seus pequenos problemas, suas descobertas, tudo isso numa linguagem coloquial, despretenciosa, moderna, bem humorada, sem incorrer em "ismos" de qualquer tipo. Bruna é autêntica, inteligente e sensível e deixa transparecer isso em seus textos, onde revela uma maneira muito positiva, porém realista, de apreender a vida em suas constantes mudanças.
A Casa de Leitura Lya Botelho também entende e aprecia a contribuição que essa leopoldinense faz na formação de leitores, estimulando-os, através das postagens em seu blog e nos textos selecionados para o livro, a desenvolverem o hábito e terem prazer em ler. A leitura, em todas as suas formas e suportes, é a razão primeira da Casa de Leitura Lya Botelho, e tudo o que venha a contribuir, com eficácia e qualidade para isso, nos é importante.


Ao verem que uma jovem da sua cidade, com quem conviveram e mantém estreito contato, utiliza-se da escrita como uma forma de atingir seus melhores objetivos e desenvolver seus talentos, irão começar a derrubar as barreiras que possam ter em relação ao hábito de ler e escrever. Identificar-se com o autor, como ser humano pertencente ao mesmo espaço geográfico, sócio-cultural e semelhante faixa etária, certamente poderá contribuir para atrair novos leitores em potencial.


A noite de autógrafos do "DEPOIS DOS QUINZE - QUANDO TUDO COMEÇOU", realizada no dia 12 de dezembro, trouxe para as salas da Casa de Leitura Lya Botelho um enorme contingente de leitores, admiradores, amigos, parentes, ex-colegas de escola, etc, todos ávidos em cumprimentar a autora e comentarem sua trajetória e trabalho.
De parabéns a Editora Gutemberg pelo lançamento do livro e, sem dúvidas, Bruna Vieira por tê-lo escrito.



As fotos que ilustram esta postagem foram realizadas pela fotógrafa Dayana Valle, também de Leopoldina, cujo olhar sensível e atento traduz o clima do evento e a relação da autora com seus leitores.

A fotógrafa Dayana Valle e a escritora Bruna Vieira


Apoio Cultural: Fundação Ormeo Junqueira Botelho
Patrocínio: ENERGISA

sábado, 3 de novembro de 2012

Orquidário Dora Müller Botelho, um recanto de beleza e harmonia

  

     Dora Müller Botelho, esposa do Dr. Ormeo Junqueira Botelho, além de companheira a mãe dedicada, era uma grande apreciadora da beleza das plantas, flores e, por extensão, da jardinagem.
     Tão grande era, para o casal, a importância de um paisagismo bem realizado, onde espécies as mais diferentes e raras (em extinção) pudessem conviver em estética harmonia, que contrataram o renomado paisagista brasileiro Burle Marx para criar os jardins da casa que haviam acabado de construir.
     Hoje, essa casa, oferecida pelos filhos de D. Dora e Dr. Ormeo à Fundação Ormeo Junqueira Botelho para ser a sede da Casa de Leitura Lya Botelho, continua encantando seus visitantes especialmente pela magnitude e beleza das árvores e demais espécies botânicas que compõem seu jardim. Seus amplos espaços, com áreas de sombreamento e claridade perfeitamente planejadas, atravessam as estações do ano coloridos com a diversidade das flores existentes na composição de seus canteiros.
     D. Dora, ainda que apreciasse e valorizasse todas as espécies que cultivava, tinha uma especial predileção pelas orquídeas, essas plantas de flores exóticas e perfume intenso, tão afeitas ao clima tropical do nosso país. Cultivava, então, com muito amor, carinho e dedicação, seus muitos vasos de orquídeas num espaço reservado, ao abrigo do sol intenso e do vento, num recanto do jardim. E assim o fez todos os dias da sua existência.


     Neste mes de novembro, seu filho Ivan Müller Botelho e sua neta Mônica Pérez Botelho, em comum acordo com os demais membros da numerosa e unida família de Dora e Ormeo Junqueira Botelho, decidiram que a melhor homenagem que poderiam prestar à mã e avó seria através dos mesmos elementos aos quais ela dedicou seu tempo e interesse: o orquidário.


     E, assim renasceu esse privilegiado espaço em meio aos jardins desenhados por Burle Marx, um orquidário que leva o nome de quem primeiro o imaginou e erigiu: Dora Müller Botelho.


     Em uma cerimônia particular, onde pontificavam filhos, neta, genro, nora, primos do casal Ormeo Junqueira Botelho, além de convidados estreitamente ligados à família e autoridades municipais, foi inaugurado neste dia 2 de novembro de 2012 o Orquidário Dora Müller Botelho. Enquanto parte da Banda Musical Princesa Leopoldina, sob a regência do maestro Paulo Roberto executava um repertório de músicas das décadas de 50 e 60, foi oferecido, pelas mãos da culinarista Marília Braga Sales, um café da manhã aos convidados.
     A Casa de Leitura Lya Botelho continua, assim, na revitalização dos espaços da construção original, preservando um patrimônio que é de reconhecido valor material e histórico da cidade de Leopoldina (MG). Além disso, o Orquidário Dora Müller Botelho visa despertar nos visitantes, em especial nas crianças, o amor à Natureza, a consciência da necessidade absoluta da sua preservação, evitando a extinção de espécies. O Orquidário é também um espaço onde certamente as pessoas, ao entrarem em contato com a belezadas plantas ali cultivadas, encontrarão inspiração para seus afazeres e atividades artísticas.


     A Casa de Leitura Lya Botelho aproveita para agradecer a generosidade da Família Müller Botelho e aos profissionais que ajudaram a transformar em realidade essa paixão da Sra. Dora Müller Botelho:

     _Fundação Ormeo Junqueira Botelho
     _ Rubens Maia e seu Empório das Plantas
     _ Antonio Lúcio de Queiróz
     _ Geraldo Mendonça
     _ ENERGISA

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Agosto, mes de eventos na Casa de Leitura Lya Botelho

       Agosto, mes de volta às aulas depois da quinzena de descanso de julho, foi recheado de eventos na Casa de Leitura Lya Botelho.

       Tivemos, logo no início do mes, o prazer de receber os convidados da psicóloga Dra. Valéria Amâncio para o lançamento de seu livro "Meu corpo,e minhas descobertas".


     Dezenas de amigos e alunos vieram cumprimentar a autora na noite desse evento, ressaltando a importância de um livro voltado ao público infantil em que se fala franca, porém delicadamente, sobre a importância de se conhecer o próprio corpo e dos cuidados e respeito que os jovens devem ter, e exigir dos demais, por ele.


       O livro, com sua linguagem simples, porém profunda em suas verdades, é ricamente ilustrado, facilitando, assim, o melhor entendimento por aquela crianças que ainda não sabem ler. Também os pais e educadores podem dele se valer como um manual de abordagem com as crianças, nas questões que tratam da afetividade manifestada através do contato físico com os adultos.


        No sábado, dia 11, foi a vez de uma figura importante na cena cultural local ser devidamente homenageada. Com os jardins da Casa de Leitura Lya Botelho literalmente lotados, os "Beatnicks" apresentaram o show "Tributo a Serginho do Rock".


       Para quem está chegando agora e perdeu a verdadeira revolução provocada pelos jovens dos anos 60 e 70, necessário se faz dizer que Serginho era um exemplar representante, na Zona da Mata mineira, das mudanças de comportamento, de atitudes, de maneira de pensar que aconteciam no resto do mundo. Homem "antenado" com o seu tempo, Serginho soube traduzir em dezenas de letras e músicas as esperanças e o incorfomismo dos jovens de sua época. Com uma produção em que buscava exaltar a sua Leopoldina, "mineira gostosa", expressou o sentimento de toda uma geração que presenciava as transformações do mundo e das filosofias de vida, em especial com o surgimento da cultura beatnik e hippie.


       O grupo, afinadíssimo, presenteou o público com um repertório de mais de 16 canções, cheias de alegria, de questionamentos e, sobretudo, de declarações explícitas de amor à Leopoldina.


     O Projeto "Memória e Patrimônio: Leopoldina-MG", que vem sendo realizado desde junho pela Casa de Leitura Lya Botelho, também mereceu uma reportagem especial da TV Integração, de Juiz de Fora.


     O Módulo 1, desse Projeto, que aborda a participação do Negro no desenvolvimento sócio, político, econômico e cultural da nossa cidade foi o tema das entrevistas com a pesquisadora, escritora e professora de História Natânia Nogueira, além da Coordenadora da Casa de Leitura Lya Botelho, a pedagoga Maria Lúcia Braga.


     Alunos/leitores, presentes na ocasião, também foram entrevistados a respeito dos seus hábitos de leitura e das suas opiniões sobre a Estante Mestre Vitalino Duarte, de literatura infanto-juvenil com enfoque em autores africanos e afro-descendentes.


     A boa música brasileira também teve sua vez com a presença do grupo "Nó na Madeira", que comemorava seu 1º aniversário.


     O samba de raiz constitui o repertório desse grupo que busca preservar e divulgar a música brasileira no que ela tem de mais característico: sua autêntica herança negra.
     Ronaldo Apolinário, o Naná, e seu grupo de instrumentistas e cantores, reuniram um enorme público admiradores que, enfrentando a noite chuvosa de agosto, não pararam de cantar e dançar ao ritmo de sucessos de todos os tempos interpretados com muito ritmo e alegria.


     Um novo show desses sambistas já está agendado para a noite de 22 de setembro, numa brasileiríssima saudação à chegada da Primavera.
     
    
 
  

terça-feira, 17 de julho de 2012

Estante Vitalino Duarte: lendas e contos africanos em livros de arte


     Quando a Coordenação da Casa de Leitura Lya Botelho optou por iniciar o PROJETO MEMÓRIA E PATRIMÔNIO: LEOPOLDINA-MG escolhendo como tema para o Módulo 1 a presença e participação do Negro na formação sócio, política, econômica e cultural da cidade, considerou-se diversas estratégias para a obtenção dos resultados pretendidos. Uma delas e, talvez, a mais importante, seria o estímulo à leitura através de contos, histórias, fábulas e lendas trazidas pelos escravos africanos e reproduzidas por importantes escritores.

      Como a Casa de Leitura Lya Botelho dedica grande parte das suas ações à todas atividades que resultem na formação de novos leitores, a cuidadosa seleção de livros ricamente ilustrados, sua aquisição e diposição numa estante própria, em local de destaque, foi considerada e realizada. Hoje, no andar térreo da Casa de Leitura Lya Botelho, temos uma bela sala, decorada temáticamente, onde quase 100 livros escritos por autores do porte de Eduardo Galeano, Ondjaki, Reginaldo Prandi, Sylvane Diouf, Zetho Cunha Gonçalves e Meshack Asare contibuem com seu talento, cultura e imaginação para essa coleção que combina títulos como "A vassoura do ar encantado", "O papagaio que não gostava de mentiras", "A bicicleta que tinha bigodes", "Contos do mar sem fim", Os príncipes do destino", "Quando a escrava Esperança Garcia escreveu uma carta", e muitos mais.

     A rica, colorida e interessante literatura infanto-juvenil produzida por autores africanos, afrodescendentes e outros mais que dedicaram à transposição da tradicional cultura oral africana para os livros, hoje permite que essas arcanas histórias atravessem continentes e encantem pessoas de todas as raças, credos e culturas.

      Fica, então, o convite a todas as escolas do município, às crianças e jovens leopoldinenses para visitarem a Estante Vitalino Duarte, nome dado em homenagem a uma das mais importantes figuras da cultura popular desta cidade e deliciarem-se com a leitura dos seus livros.


Mestre Vitalino Duarte

     Uma vez mais, através do patrocínio da ENERGISA, empresa que acredita que o saber é uma luz-guia na vida de cada indivíduo, e o fundamental apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho tornam possível o acesso do conhecimento a um número maior de cidadãos brasileiros.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Capoeira: Cultura Afrobrasileira na Casa de Leitura Lya Botelho


     Começou ontem, dia 3 de julho, na Casa de Leitura Lya Botelho, as aulas de Capoeira ministradas pelos Graduados Dim e Carlos Henrique, da Abadá-Capoeira-Núcleo Leopoldina.

     As aulas, que são gratuitas, visam motivar as crianças, de ambos os sexos, entre 8 e 12 anos, a conhecerem essa mistura de música, dança, jogo e defesa pessoal, herança africana solidamente fincada em nossas terras.

    
    A capoeira é, em verdade, uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música, sendo praticada em praticamente todo o território nacional.

     Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos com alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.

     Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto.



     A palavra capoeira é originária do tupi-guarani, que significa "o que foi mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi"). Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e desconhecedores do ambiente ao seu redor, frequentemente usavam a vegetação rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato.


     As aulas de Capoeira para ciranças de 8 a 12 anos, continuarão acontecendo na Casa de Leitura Lya Botelho durante todo o mes de Julho, sempre às terças e quintas-feiras, das 15:00 às 16:00h. Essa atividade faz parte do Módulo 1 "A contribuiçãodo Negro na vida social, política, econômica e cultural de Leopoldina", que integra o PROJETO MEMÓRIA E PATRIMÔNIO: LEOPOLDINA-MG, desenvolvido pela Casa de Leitura Lya Botelho.

     As aulas são inteiramente grátis e não se exige conhecimento prévio, nãohavendo, também, necessidade de comprar o uniforme (abadá).

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Férias + Capoeira = uma combinação perfeita!



    

      A Casa de Leitura Lya Botelho estará desenvolvendo, durante os próximos 5 semestres, um trabalho em parceria com as escolas das redes públicas e particulares de Leopoldina denominado PROJETO MEMÓRIA E PATRIMÔNIO: LEOPOLDINA-MG.

     Neste semestre que começa em Julho/2012, estaremos trabalhando o “Módulo 1: A participação do Negro no desenvolvimento sócio, político, econômico e cultural de Leopoldina”, com uma série de atividades e recursos que visam resgatar a identidade e importância da população afrodescendente em nosso município, através da pesquisa e estudo de suas raízes culturais.

     A Capoeira é, sem dúvida, um dos mais populares exemplos da riqueza cultural africana e sua presença no Brasil, e em mais de 150 países, é um importante legado do povo daquele continente. Em nosso país, sua música, seu ritmo, sua ginga, seus movimentos encontraram terreno fértil e fincaram raízes, influenciando as características culturais mestiças do nosso povo.

     A Casa de Leitura Lya Botelho, dentro da série de atividades paralelas constantes de seu PROJETO MEMÓRIA E PATRIMÔNIO: LEOPOLDINA-MG, disponibiliza para o mês de Julho, mês das férias escolares, “aulões” gratuitos de Capoeira todas as terças e quintas-feiras, das 15:00 às 16:00h, orientadas às crianças entre 8 e 12 anos de idade.

     Sob a coordenação do Graduado DIM, proprietário do conhecido Abadá-Capoeira Leopoldina, todos os jovens que se interessarem em saber o que é Capoeira, sua origem, história, elementos, finalidades e quiserem experimentar um pouco da prática da mesma, poderão fazê-lo, na quadra de esportes da Casa de Leitura Lya Botelho.

     Com o apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e o patrocínio da ENERGISA, a Casa de Leitura Lya Botelho uma vez mais disponibiliza à população de Leopoldina-MG a oportunidade da prática de uma atividade que concilia o lúdico e o seu aspecto cultural.