quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

2012, um ano de muita atividade na Casa de Leitura Lya Botelho

   
   
 Fim de ano é tempo de revisão e tomada de resoluções. Rever o já feito, aquilo que realizamos, nos permite uma melhor avaliação do binômio proposta/resultado, sem contar que serve de guia para novos e futuros projetos.
     A Casa de Leitura Lya Botelho começou 2012 com uma nova Coordenadoria que, além do empenho e contínuo apoio da Fundação Ormeo Junqueira Botelho, na pessoa da sua presidente, Sra. Monica Pérez Botelho, do patrocínio da ENERGISA, contou com o excelente trabalho executado por Marcos Andrade, seu ex-diretor, na implantação e divulgação da Casa de Leitura junto à comunidade.


     A proposta básica deste ano e dos novos gestores foi a consolidação da Casa de Leitura Lya Botelho como um ponto de cultura, um ponto de referência como biblioteca infantojuvenil, além de expandir suas atividades de tal forma que disponibilizasse um leque maior de atividades de interesse geral.
     O ano começou com um muitíssimo bem sucedido projeto de leitura e escrita poética, tendo como referência o livro "O Azul da Poesia" do autor cataguasense Luiz Lopez. Mais de 4.500 alunos da rede escolar, pública e particular, de Leopoldina passaram pela Casa de Leitura Lya Botelho onde visitaram a exposição de ilustrações realizadas pelo autor e puderam ler o livro e dele extraírem a inspiração para escreverem seus próprios poemas. O projeto culminou com um Varal de Poemas e premiação para os selecionados e seus professores.


     Se a Leitura dá nome e sentido a esta Casa, nunca nos esquecemos que o significado do termo é amplo. O objetivo de uma Casa de Leitura vai além de proporcionar a jovens e adultos estímulo e condições para a apreciação de livros, jornais, revistas e periódicos de todos os tipos. A Leitura abrange a compreensão e interpretação do mundo que nos cerca através da decodificação de seus signos. Ler não é tão somente saber interpretar as combinações das letras do alfabeto (ou qualquer outra forma de escrita), mas reconhecer e dar significado aos elementos que compõem nosso entorno.


     A "leitura" da cidade, da maneira que ela é "escrita" no seu plenejamento urbano, na construção de suas edificações, no paisagismo e no traçado de suas vias, nos costumes e maneiras dos seus habitantes, na sua formação populacional, etc, tabém é de suma importância para todo o "leitor". Preocupada com a ampliação das formas de Leitura foi que a Casa de Leitura Lya Botelho iniciou, em julho, seu projeto denominado "Memória e Patrimônio: Leopoldina", dividido em módulos a serem desenvolvidos, concomitantes ou não, nos próximos anos. O primeiro desses módulos chama-se "A contribuição do Negro na vida sócio, política econômica e cultural de Leopoldina" e uma série de ações foram executadas, outras iniciadas, durante este semestre. Tivemos a exibição de 2 mostras de cinema, uma, de origem norte-americana, com filmes clássicos sobre a condição do Negro naquela sociedade. Uma outra, patrocinada pela Embaixada da França no Brasil, através da Cinematèque Française, trouxe à Leopoldina, 8 filmes de diretores africanos de 8 diverentes países daquele continente. Enquanto no mes de julho, aproveitando as férias escolares, a Abadá-Capoeira de Leopoldina, através do Mestre Dim, ministrava aulas gratuitas de capoeira para as crianças, uma estante com 100 obras de autores negros, africanos ou afro-descendentes, todos de litreratura infanto-juvenil, era montada e disponibilizada, prestanto inclusive uma homenagem ao cidadão Vitalino Duarte, denominado de Mestre, pela sua contribuição à cultura da nossa cidade. Também a professora, historiadora e pesquisadora Natania Nogueira ministrou uma oficina sobre o racismo nos quadrinhos, mostrando que esse suporte sempre foi usado com finalidades ideológicas.


     Lançamentos de livros, em memoráveis noites de autógrafos, marcaram o ano, aproximando o escritor do seu público leitor, e, sempre que possível, procurando valorizar os talentos locais. Luiz Lopez, José do Carmo, Glória Barroso, Valéria Amâncio, Bruna Vieira e Maria José Ladeira Garcia divulgaram seu trabalho e deram uma clara demonstração de que as Artes e, em especial, a Literatura, tem não apenas um público cativo em nossa cidade, mas também uma produção expressiva e digna de registro.
     Durante 2012 aconteceram 3 shows nusicais nos jardins da Casa de Leitura Lya Botelho cujos intérpretes e seus respectivos repertórios prestigiaram a boa música brasileira: "Samba de Dois", com Thaylis Carneiro e Gabriel Nunes, depois os Beatnicks numa justa homenagem a Serginho do Rock e, finalmente, o grupo Nó da Madeira, com o samba de raíz. A Banda Musical Princesa Leopoldina, sob o comando do maestro paulo Roberto, também apresentou-se, em diversas ocasiões, nos jardins, resgatando a tradição dessa formação musical. Uma das mais interessantes atividades musicais registradas neste ano foi o ensaio aberto realizado pelos alunos do Conservatório Estadual Lia Salgado, num memorável final de tarde, quando a R. José Peres praticamente parou para ver a bela apresentação daqueles jovens.


     O Teatro e a Dança também não foram esquecidos: o Grupo Café Com Pão Arte e Confusão, de Cataguases, também aqui se apresentaram por duas vezes com o espetáculo "Circulando". Um número enorme de crianças e adultos compuseram a audiência das apresentações.
     O Cinema, como linguagem, também foi amplamente utilizado durante todo o ano, tanto em exibições para turmas de alunos das escolas da rede de ensino do município, como em programações específicas, tais como o Cinema às Quintas, com filmes voltados a um público mais adulto, selecionados entre os grandes clássicos produzidos pela indústria cinematográfica. As crianças, naturalmente, não foram esquecidas e para ela criamos, nas manhãs de sábado, a concorridíssima Sessão Pipoca. Um grupo de jovens interessados em conhecer melhor a arte cinematográfica passou a se reunir aos sábados no intuito de assistirem e discutirem filmes chamados "de arte" ou mais autorais, enfatizando os recursos técnicos da sua composição. Hoje esse grupo está sólido e seu interesse nos leva a acreditar na real possibilidade a instalação de cursos e oficinas de formação técnica que viria a contribuir com o Polo Cinematográfico que existe e atua em nossa região.

 

  Os famosos jardins desenhados por Burle Marx chamaram ainda mais a atenção dos frequentadores e do público em geral quando da inauguração do Orquidário Dora Müller Botelho, em novembro. D. Dorinha, como era carinhosamente chamada a esposa do Dr. ormeo Junqueira Botelho, proprietários do imóvel onde hoje funciona a Casa de Leitura Lya Botelho, além de apreciar a jardinagem, era uma colecionadora de orquídeas. Seus filhos, capitoneados pelo Dr. Ivan Müller Botelho, Presidente do Conselho de Administração da ENERGISA, prestando uma belíssima homeagem à mãe e presenteando a cidade com mais um espaço onde cultura e lazer se mesclam, revitalizaram o antigo espaço reservado para a coleção de orquídeas e acrescentaram 100 novos exemplares ao mesmo.


    O ano não poderia terminar sem que mencionássemos e aagradecessemos as inúmeras escolas e visitantes diversos que aqui estiveram em diversas ocasiões. Há 3 anos de sua inauguração, a Casa de Leitura Lya Botelho firma-se no cenário cultural de Leopoldina e região como um espaço promotor de idéias, de ativa participação comunitária, de referência pelo comprometimento dos seus projetos.
     E é neste quase alvorecer de um novo ano que desejamos agradecer a todos que conosco caminharam, nos incentivando a prosseguir, a evoluir, a melhor contribuir, pelo seu companheirismo, pela profícuas parcerias, pela obtenção de expressivos resultados.



     Nosso compromisso e responsabilidade com o município de Leopoldina aumenta e estaremos trabalhando, no próximo ano, para honrar os propósitos da Fundação Ormeo Junqueira Botelho e da ENERGISA na formação de pessoas que irão construir um futuro ainda melhor.
Feliz Ano Novo a todos!

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