segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A cidade e a Memória da Cidade


A memória é algo de fantástico e tão absolutamente preciosa a cada indivíduo que a perda da mesma (a senilidade, o Alzheimer, os traumatismos, etc) acaba sendo vista como uma das maiores tragédias que o ser humano pode ter que, um dia, enfrentar. Mas esses males não afligem apenas homens e mulheres, individualmente. A coletividade também pode ir perdendo o contato com o seu passado, com as suas raízes,

As cidades também possuem uma memória, registrada nas suas construções, nos seus parques e praças, na distribuição das ruas e bairros, nos nomes dados aos logradouros, na quantidade e guarda dos seus arquivos públicos e privados, nos museus, galerias e centros de informações turísticas que possuem, nas homenagens que prestam aos seus cidadãos e servidores, e tudo o mais que possa ser um registro significativo do passado e presente preservados para o futuro.

REMEMORIA 80 é o nome escolhido pelo leopoldinense Elias Abrahim Neto para denominar a exposição do seu acervo fotográfico e de documentos diversos ora apresentados na Casa de Leitura Lya Botelho, em Leopoldina-MG.

Rememorar é relembrar, lembrar novamente, trazer à tona imagens e sons do passado muito bem arquivados na memória e, numa época pré-computadores pessoais, máquinas fotográficas digitais, impressoras automáticas à laser, redes sociais, Google e internet, Elias Abrahim Neto assumiu para si, e com os recursos disponíveis então, a nobre função de registrar e arquivar a história da sua cidade.

Se hoje a Casa de Leitura Lya Botelho pode exibir ao público uma pequena fatia da história local (os anos 80 do século XX) é porque houve alguém que naquela época pensou em registrar a cidade e seus habitantes e dar a esse material os necessários cuidados de guarda e conservação.

O visitante ao adentrar a sala de exposição faz um mergulho na história de Leopoldina pois ali estão expostos os feitos e presenças de  homens e mulheres que contribuíram para que pudéssemos desfrutar do Presente. Vê-se, através das fotografias expostas, uma cidade em constante evolução, tanto em sua forma urbana como nos agentes que fizeram parte da sua política, educação, cultura, esportes, lazer. Percebe-se, claramente, que o Presente, o momento atual, é resultado direto de diversas ocorrências, fatos, casualidades de âmbito nacional e internacional, mas que é, sobretudo, um reflexo direto do seu Passado. E, naturalmente, o que chamamos de Futuro haverá de ser a consequência dos nossos atos presentes. Conhecermos ou nos recordarmos do passado é manter viva a História pessoal e local, um importante fator para que possamos refletir sobre as ações Presentes e qual o impacto que as mesmas terão no Futuro.

O visitante à exposição REMEMORIA 80 não está fazendo um mergulho no túnel do tempo, mas adquirindo conhecimentos e recursos para poder melhor analisar o momento atual, o quanto houve de progresso real no sentido da construção de uma cidade mais humanizada, mais amigável, mais consciente dos seus próprios recursos, que se orgulha das suas raízes mas sem deixar de abrir-se para novas e úteis oportunidades.

A exposição REMEMORIA 80 fica aberta ao publico até o dia 20 de dezembro, de segunda à sexta das 8:00 às 11:30h e das 13:00 às 17:00h. Aos sábados, das 8:00 às 11:30h.

Todas as fotos exibidas nesta postagem fazem parte do acervo fotográfico de Elias Abrahim Neto.

Esta exposição tem o patrocínio master da ENERGISA e o apoio institucional da FOJB-Fundação Ormeo Junqueira Botelho. Agradecemos o Apoio Cultural da Prefeitura Municipal de Leopoldina, da Secretaria de Educação e da Secretaria de Cultura, Esportes, Lazer e Turismo do município.


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